29/05/2018

Uma escolha impossível, muito Kubrickiana

Crítica: O Sacrifício de Um Cervo Sagrado

2017


Poster de "O Sacrifício de Um Cervo Sagrado"

A estrutura de um filme cujo título é (tradução literal) "O Sacrifício de Um Cervo Sagrado" poderá não ser a mais comum de todas. E esta afirmação é correcta. Contudo não deixa de ser uma estrutura cinematográfica única e que mantém o interesse do público de uma forma que pode incomodar, mas que ao mesmo tempo atrai e é magnética.

Para quem já conhece o estilo e o trabalho do realizador Yorgos Lanthimos, então este tipo de narrativa pode já não ser nenhuma novidade, mas isso não significa que não deixa de surpreender e de deixar a sua marca após os créditos finais.

Imagem de "O Sacrifício de Um Cervo Sagrado"

Com um estilo muito Kubrickiano, toda a estética e a componente visual deste filme estão pensadas ao pormenor e toda a equipa consegue aqui criar um ambiente quase inexistente numa sociedade actual, mas que no entanto encontra-se presente no dia-a-dia de muitas classes sociais.

A utilização do suspense em harmonia com uma banda-sonora avassaladora criam ainda um maior impacto do que aquele que a história em si já tem consigo, e a envolvência com o espectador é ainda mais intrigante. Todo o elenco está também de parabéns, com interpretações muito coesas e que se enquadram em toda a ambiência criada, com destaque principalmente para todo o elenco jovem/infantil e para a actriz Nicole Kidman.

Mau | Meh | Bom

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