29/06/2018

Somos Todos Cartoons Sociais

Crítica: Não Te Preocupes, Não Irá Longe a Pé

(2018)



O realizador Gus Van Sant, conhecido por filmes como "Disposta a Tudo", "Elephant" ou "Milk", está de volta com um filme que consegue conjugar de uma forma muito interessante os vícios humanos, tanto física como psicologicamente.

Mesmo o título remete-nos para uma metáfora cómica que se aplica ao longo do filme, no entanto os momentos mais cómicos, e que conseguem fazer o público rir, não são propriamente situações meramente cómicas, tendo sempre um subtexto dramático intrínseco, e isso torna este filme ainda mais interessante.

O tom aqui utilizado faz com que o espectador nunca fique totalmente confortável com as situações apresentadas, não sabendo se há-de rir ou chorar, ou outra coisa qualquer, e esse estado de incerteza é um dos seus pontos mais fortes.

Imagem do filme "Não Te Preocupes, Não Irá Longe a Pé"

Todo o elenco está de parabéns, mas tenho de destacar o trabalho apresentado pelos actores Joaquin Phoenix e Jonah Hill (ambos já com mais do que uma nomeação aos Óscares nas suas carreiras, até agora), que aqui conseguem demonstrar todo o seu talento e com interpretações que vão até aos mais pequenos pormenores, e isso faz com que o público consiga ligar-se ainda mais à narrativa.

Este é daqueles filmes que não serve apenas para entreter, pois consegue também educar e servir de 'lição' social, fazendo-nos pensar sobre as nossas acções e as suas implicações e consequências, não invalidando o papel que a aleatoriedade desempenha nas vidas de cada um de nós.

Mau | Meh | Bom

27/06/2018

Programa Completo da 26ª Edição do Curtas Vila do Conde


A organização do Curtas Vila do Conde – Festival Internacional de Cinema já revelou o programa completo para a 26ª Edição, a decorrer entre 14 e 22 de Julho de 2018. A selecção aguardada da Competição Nacional inclui os últimos filmes de cineastas reconhecidos como Ivo M. Ferreira, João Viana ou Rodrigo Areias, mas também de estreantes como David Pinheiro Vicente ou Ana Moreira. No total, o festival apresenta 90 sessões de cinema e mais de 200 filmes, provenientes de mais de 40 países.

A Competição Nacional volta a ser o centro do Curtas Vila do Conde, reunindo o melhor do cinema português produzido em 2017 e 2018, em matéria de curtas-metragens, com filmes assinados quer por cineastas internacionalmente reconhecidos, quer por jovens promessas que se têm vindo a afirmar no campo da realização cinematográfica. A selecção oficial inclui, no total, 17 filmes:

“3 Anos Depois”, de Marco Amaral
“À Tona”, de Filipe Abranches
“Agouro”, de David Doutel e Vasco Sá
“Água Forte”, de Mónica Baptista
“Anteu”, de João Vladimiro
“Aquaparque”, de Ana Moreira
“Declive”, de Eduardo Brito
“Entre Sombras”, de Alice Eça Guimarães e Mónica Santos
“Equinócio”, de Ivo M. Ferreira
“Madness”, de João Viana
“Nevoeiro”, de Daniel Veloso
“Onde o Verão Vai (Episódios da Juventude)", de David Pinheiro Vicente
“Pas de Confettis”, de Bruno Ferreira
“Pixel Frio”, de Rodrigo Areias
“Placenta”, de Paulo Lima
“Sara F.”, de Miguel Fonseca
“Sheila”, de Gonçalo Loureiro

Imagem de "Aquaparque"

A Competição Internacional é a janela do Curtas Vila do Conde para o mundo, numa seleção heterogénea a todos os níveis: formal, temática e de género cinematográfico. Trinta e uma curtas-metragens, entre as quais constam as últimas obras de cineastas premiados tanto no próprio festival, como internacionalmente, como Ben Rivers e Ben Russell, Bertrand Mandico, Helena Girón, Samuel M. Delgado e João Paulo Miranda Maria. Num programa mais arrojado e atento à evolução do cinema, a Competição Experimental reúne 17 filmes em que se destacam os realizadores Matthias Müller, Morgan Fisher, Manuel Knapp e Makino Takashi. A Competição de Vídeos Musicais, integrada na secção Stereo e dedicada a celebrar a relação entre música e cinema, apresenta uma sessão com o melhor do género a nível nacional. Por fim, a Competição Take One!, este ano alargada a mais seis países europeus, além de Portugal, dedica-se à descoberta daquilo que melhor se faz nas escolas de cinema.

Mini-festival dentro do festival, o Curtinhas apresenta também uma secção competitiva, dividida em três faixas etárias (M/3, M/6 e M/10), além de vários workshops e outras actividades didáticas dedicadas aos mais pequenos. O filme "The Incredibles 2: Os Super-Heróis" abre a secção logo no primeiro dia do festival, a 14 de Julho, numa sessão para toda a família.

Imagem de "Agouro"

Paralelamente ao festival, a Solar Galeria de Arte Cinemática apresenta a exposição New Spain, comissariada por José Manuel Lopez, curador espanhol, e Nuno Rodrigues, co-director do festival e coordenador da galeria, que inaugura no primeiro dia do festival. Sete artistas/cineastas espanhóis – Carla Andrade, Inés García, Laida Lertxundi, Lois Patiño, Natalia Marín, Helena Girón e Samuel M. Delgado – apresentarão instalações site-specific, aliando diversos meios como o filme, o vídeo, a fotografia e o som, e desafiando as fronteiras entre o cinema e as artes plásticas. A exposição integra ainda três sessões de cinema, incluídas no festival, uma das quais com curadoria de Maria Palácios Cruz e outras duas programadas por Gonzalo de Pedro Amatria (Festival de Locarno).

O festival apresenta ainda uma sessão especial intitulada Produções Curtas que integra os filmes “Rio Entre As Montanhas”, de José Magro, produzido no âmbito do 72 Hour Film Project, do festival Hancheng Jinzhen; “Circo do Amor”, de Miguel Clara Vasconcelos, filme produzido com apoio do ICA – Instituto do Cinema e Audiovisual para curtas-metragens de ficção, e “Náufragos”, de Pedro Neves, produzido no âmbito dos workshops da Animar 13. Todos muito recentes e os dois últimos com rodagem no concelho de Vila do Conde.

Imagem de "Diamantino"

Diamantino”, de Daniel Schmidt e Gabriel Abrantes, premiado recentemente em Cannes, marca o arranque do Curtas e da secção Da Curta à Longa, que inclui também os filmes “Le Monde est à toi”, de Romain Gavras, “The Green Fog”, de Guy Maddin, Evan Johnson e Galen Johnson, e ainda “Un couteau dans le coeur”, de Yann Gonzalez. A convite do Curtas, o realizador francês apresentará ainda uma carte blanche intitulada Midnight Madness Avant-Garde que promete ser a sessão mais estimulante e assustadora desta edição do festival, com um conjunto de obras de cinema de vanguarda, a maioria em película de 16mm.

Em 2018, o Curtas Vila do Conde — Festival Internacional do Cinema recebeu mais de 3000 inscrições, entre as quais cerca de 2.300 para a Competição Internacional e mais de uma centena para a Competição Nacional. Um trabalho de selecção muito criterioso levou aos conjuntos de filmes que dão corpo às diferentes secções competitivas, mostrando o que de melhor se produziu em curta-metragem entre 2017 e 2018, um pouco por todo o mundo.

O 26º Curtas Vila do Conde, que decorre entre 14 e 22 de Julho, tem o apoio do programa MEDIA/Europa Criativa, da Câmara Municipal de Vila do Conde, do Ministério da Cultura, do ICA - Instituto do Cinema e Audiovisual, e de vários parceiros imprescindíveis à realização do festival.

24/06/2018

Museu da Farmácia apresenta filmes premiados no IndieLisboa 2018


O Museu da Farmácia apresenta, em Lisboa e no Porto, alguns dos filmes premiados no IndieLisboa 2018, para além de uma programação dedicada a crianças e famílias (IndieJúnior).

No dia 29 de Junho, em Lisboa, e 13 de Julho, no Porto, vão ser apresentados os filmes “Baronesa” e “O Processo”.

Baronesa”, obra de estreia de Juliana Antunes, foi a longa metragem vencedora do Grande Prémio e Prémio Especial do Júri da Competição Internacional. O documentário oferece um olhar sobre a favela, do ponto de vista feminino. Trata-se de um filme de mulheres, sobre mulheres que vivem em bairros com nome de mulher (Leidiane e Andreia vivem em “Juliana”, mas a última quer mudar-se para a “Baronesa”).

O Processo”, de Maria Augusta Ramos, foi a longa metragem vencedora do Prémio Silvestre e Prémio do Público. Trata-se de um documentário sobre a destituição da presidente Dilma Rousseff, que coloca a nu os meandros da judicialização da política. De referir que a realizadora Maria Augusta Ramos acompanhou a equipa de defesa da ex-presidente durante meses.

No dia 30 de Junho, em Lisboa, e 14 de Julho, no Porto, tem lugar a programação vocacionada para crianças e famílias. No âmbito do IndieJúnior são apresentadas diversas curtas metragens, em três momentos: Histórias do Dia e da Noite (+3 anos), Ilhas e Outras Geografias (+6 anos) e Quotidiano Animalário (Sessão Famílias).

Programa:

Museu da Farmácia Lisboa (Rua Marechal Saldanha, 1)
IndieLisboa - 29/06 (6ª feira) - Baronesa (19h00) e O Processo (21h00)
IndieJúnior - 30/06 (sábado) - Programa +3 anos (11h00); Programa +6 anos (15h00); Programa famílias (17h00)

Museu da Farmácia Porto (Rua Eng. Ferreira Dias, 728)
IndieLisboa - 13/07 (6ª feira) - Baronesa (19h00) e O Processo (21h00)
IndieJúnior - 14/07 (sábado) - Programa +3 anos (11h00); Programa +6 anos (15h00); Programa famílias (17h00)

Bilhetes:

IndieLisboa - 3 euros
IndieJúnior - entrada livre (pré-inscrição - museudafarmacia@anf.pt, sujeita ao número de lugares disponíveis na sala)

19/06/2018

"Ocean's 8" com Magia Portuguesa

Fotografia de Hélder Guimarães

Sandra Bullock, Cate Blanchett, Anne Hathaway, Mindy Kaling, Sarah Paulson, Awkwafina, Rihanna e Helena Bonham Carter são o elenco de luxo de "Ocean’s 8", que estreia esta quinta-feira, dia 21 de Junho, nos cinemas de todo o país. O português Hélder Guimarães, Campeão Mundial de Magia com Cartas e consultor em Hollywood, foi o responsável pela formação em manipulação e magia às actrizes deste filme.

Sandra Bullock é Debbie Ocean e está a planear o maior assalto da sua vida. Junta-se a Lou Miller (Cate Blanchett), o seu braço direito e recruta uma equipa de especialistas composta pela joalheira Amita (Mindy Kaling); a ilusionista de rua Constance (Awkwafina); a perita em contrabando Tammy (Sarah Paulson); a hacker Nine Ball (Rihanna); e a designer de moda Rose (Helena Bonham Carter). O objectivo é roubar um colar de 150 milhões de dólares usado pela actriz, mundialmente conhecida, Daphne Kluger (Anne Hathaway) na Met Gala, o evento anual que tem lugar no Museu Metropolitano de Nova Iorque.

O filme faz parte do franchise que já conta com três filmes: "Ocean’s Eleven", em 2001, “Ocean´s Twelve” em 2004 e "Ocean’s Thirteen" em 2007, com George Clooney, Brad Pitt e Matt Damon nos principais papéis.

No Estados Unidos da América, "Ocean’s 8" foi o filme mais visto no fim-de-semana de abertura, com mais de 41 milhões de dólares de receita bruta, ascendendo actualmente a cerca de 80 milhões de dólares.

Poster de "Ocean's 8"

11/06/2018

"Mundo Jurássico: Reino Caído" estreia em 1º lugar em Portugal


O filme "Mundo Jurássico: Reino Caído", produzido por Steven Spielberg e realizado por J.A. Bayona, foi o filme mais visto no fim-de-semana de estreia, tendo registado mais de 86 mil espectadores e 490 mil euros de receitas em Portugal.

O filme está em cartaz desde 7 de Junho, em 139 salas de cinema, e pode ser visualizado nos formatos 2D, 3D, IMAX 3D e 4DX.

Esta saga jurássica conta novamente com Chris Pratt e Bryce Dallas Howard nos principais papéis e a história passa-se três anos depois do parque temático e resort de luxo “Mundo Jurássico” ter sido destruído por dinossauros fora de controlo. A Ilha Nublar é agora um lugar abandonado pelo homem, enquanto os dinossauros lutam pela sobrevivência na selva. Quando o adormecido vulcão da ilha se torna activo, Owen (Chris Pratt) e Claire (Bryce Dallas Howard) preparam uma missão para salvar os dinossauros da extinção. No entanto, ao chegar à ilha, a expedição descobre uma conspiração que pode conduzir o planeta a um estado nunca visto desde os tempos da pré-história.

Com todas as maravilhas, aventuras e emoções que caracterizam um dos mais populares e bem-sucedidos franchises da história do cinema, este novo filme assinala o regresso dos mais marcantes personagens e dinossauros, juntamente com novas criações, mais deslumbrantes e aterradoras que nunca. Bem-vindos ao “Mundo Jurássico: Reino Caído”.

08/06/2018

"Monty Python a tentar fazer o Top Gun, mas sem dinheiro para aviões"


No próximo dia 26 de Julho estreia nos cinemas portugueses o filme "Linhas de Sangue", que promete surpreender o público português e mostrar um lado mais arriscado e dinâmico do cinema português.

Realizado pela dupla de realizadores Manuel Pureza e Sérgio Graciano, este filme está a despertar a curiosidade da comunidade cinéfila em Portugal, e por aqui decidimos entrevistar um dos realizadores, Manuel Pureza, com as seguintes questões:

Em poucas palavras, como consegue descrever o que o público pode esperar de "Linhas de Sangue"?

MP - Este filme é uma loucura para ser partilhada. O que o público pode esperar são duas horas de uma história de heróis contra vilões, carregada de momentos non-sense, um bocadinho como se fossem os Monty Python a tentar fazer o Top Gun, mas sem dinheiro para ter aviões. Resta dizer que queremos muito que as pessoas olhem para este filme como uma boa oportunidade para se rirem e se divertirem. Falta-nos muito essa capacidade de nos rirmos de nós próprios, de darmos uma oportunidade ao ridículo.

Como foi possível realizar a árdua tarefa de reunir a agenda de 54 actores conhecidos do público português?

MP - Tanto eu como o Sérgio fazemos cinema e televisão já há algum tempo. Das nossas produções passadas ficam as equipas (técnicas e artísticas). Cada projecto feito em Portugal é uma aposta e um esforço colectivo que nos rouba tempo para nós, para as nossas famílias, para outras coisas. É a nossa profissão mas, acima de tudo, é uma actividade criativa que nos ocupa grande parte do tempo. Os actores e os nossos técnicos tornam-se numa primeira instância colegas, depois amigos e, se olharmos com frieza, são a nossa família durante o período de uma produção. Se desafiarmos vários elementos de várias “famílias” nossas, tendo na mão uma boa ideia que os divirta e sobretudo que os inspire, esse convite é uma vitória logo à partida. Para além de nós querermos muito contar com esses 54 actores, todos eles queriam muito, também, arriscar connosco nisto. Fora os que não entraram e que se “indignaram” nas redes sociais…

Ao verem-se as imagens/trailers podemos ver algumas inspirações em filmes de Quentin Tarantino, Eli Roth ou Robert Rodriguez. É correcto afirmar-se isso?

MP - É correcto afirmar-se que as influências deste filme foram assumidas desde o primeiro minuto, ao ponto do Sérgio dizer com graça e muita razão (lá está a dicotomia humor e razão sempre de braço dado) que o filme nasceu nos anos 80, altura pela qual começámos a seguir religiosamente géneros, histórias e criadores. Importa sublinhar que não temos qualquer pretensão de ser o Tarantino português. Tarantinos há-os em todo o planeta e não almejamos de todo ser mais uns. Somos portugueses, temos o nosso cunho, sendo certo que também nós assumimos a reciclagem de linguagens e referências, porque achamos que faz todo o sentido.

Imagem de "Linhas de Sangue"

A história deste filme tem como base uma curta-metragem de 2011. Qual foi o maior desafio em adaptar e alargar a história para uma longa-metragem?

MP - O desafio foi continuar a mesma linha de escrever e criar sem limite, sem medo do humor, mais ou menos negro, sem medo de criar uma história, camuflada de história de heróis e vilões, que se transforma rapidamente numa sátira político-social do nosso país. Fazer isso num país que tem algum pudor em aceitar o que é novo (para dar um exemplo, não houve nenhuma marca que, mesmo contando com 54 dos actores mais conhecidos do panorama nacional, quisesse arriscar nisto connosco) foi o maior desafio, porque em boa verdade esse poderia ser um aspecto que nos tolheria a vontade de teimosamente continuar a sonhar este filme. Agora ele está feito, tem criado buzz e achamos que pode vir a ser o marco que sonhámos no cinema português.

Temas que vão desde o terrorismo ao alojamento local estão presentes em "Linhas de Sangue". Pode-se dizer que este é um filme muito contemporâneo?

MP - Tal como já referi, o filme é uma sátira aos nossos dias. Sendo certo, que na maioria das vezes se olharmos de fora, o país, a Europa e o Mundo, não precisam de um grande argumentista para fazerem uma sátira ou uma comédia das suas próprias acções. Portugal precisa de ser caricaturado de maneira séria, de maneira adulta, mesmo (e sobretudo) se essa caricatura vier nos moldes arquetipais e narrativos dos filmes americanos que (ainda) nos fazem levantar do sofá e ir até um sala. Porque não sonhar que os portugueses podem fazer o mesmo para se rirem em português?

Já se pode falar em "Linhas de Sangue 2"?

MP - Não é segredo para ninguém que o nosso objectivo é dominar o mundo. Por isso, já o dissémos várias vezes, sim o Linhas de Sangue é uma trilogia. Queremos ver como corre este primeiro capítulo. Se ficarmos convencidos com a reacção do público, fazemo-nos à estrada para rodar o argumento do "Linhas de Sangue 2: Dinastia". Mas mais pormenores… só daqui a uns tempos!

Poster de "Linhas de Sangue"

05/06/2018

Uma "macacada" com qualidade

Crítica: Planeta dos Macacos: A Guerra

2017


Poster de "Planeta dos Macacos: A Guerra"

A saga "Planeta dos Macacos" remete-nos para histórias e adaptações já com alguns anos de vida, contudo em 2011 estreou o primeiro filme de uma trilogia para adaptar em parte esta história a uma nova geração, e em 2017 conclui-se este capítulo, com a estreia de "Planeta dos Macacos: A Guerra". É bastante raro que uma saga de filmes consiga manter o interesse do público e da crítica ao longo de todos os seus filmes, mas esta nova onda de 'macacos' conseguiu esta proeza, ora veremos.

Primeiro foi "A Origem" em 2011, depois veio "A Revolta" em 2014, e por fim chega "A Guerra" em 2017, sendo que, por exemplo, o seu ranking no site IMDb é de, respectivamente, 7.6, 7.6 e 7.5. Para além disso estes três filmes foram todos nomeados no seu respectivo ano ao Óscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais, sendo que também todos eles foram um sucesso de bilheteira.

Esta consistência ao longo de uma trilogia de filmes não só é rara como também é de louvar, e dar os parabéns aos seus criadores pela coerência e estabilidade que conseguiram aqui.

Imagem de "Planeta dos Macacos: A Guerra"

Toda a base narrativa criada em volta deste "Planeta dos Macacos" vai de encontro à sobrevivência da espécie humana, à ligação genética que temos com os macacos e aos limites da capacidade humana e da sua 'animalidade'. Este capítulo final encerra em boa forma esta linha narrativa, nunca nos deixando surpreender pela qualidade técnica aqui alcançada, e pelos efeitos especiais apresentados, que possuem uma 'realidade' assustadora e quase perfeita.

Este é um filme que pode ser visto e apreciado em separado, mas que traz mais sentido e impacto quando visto em conjunto com os dois filmes anteriores, como seria de esperar. Para quem já conhece e acompanha esta saga não há muito mais a acrescentar, e para quem não conhece sugiro que o faça, porque irá surpreender-se pela positiva.

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