02/04/2018

Spielberg a provocar nerdgasms?

Crítica: Ready Player One - Jogador 1

2018



Este é um filme para um público muito específico, sejamos "realistas". Pode-se dizer que aqueles que não estão muito virados para o mundo dos videojogos e da cultura do gaming, não vão achar grande piada a este "Jogador 1", a não ser pelos efeitos especiais, e muito possivelmente não vão entender muitas referências, ou até mesmo a mensagem principal que este "Ready Player One" pretende transmitir.

Numa linha narrativa à la Steven Spielberg (que dá aqui uns pequenos toques, a nível do género narrativo, a "A.I. Inteligência Artificial"), estamos perante um bom filme de ficção científica que tem muitas pontes com o mundo actual, e que detém em si uma mensagem social que está muito vincada nos dias de hoje, e nos efeitos que o gaming e a cultura do 'ecrã' e das ligações, redes sociais, etc, começam a ter na nossa sociedade.

Num mundo onde os termos 'youtuber', 'nerd', 'gaming', 'VR', etc, começam a ser normais e a ganhar força no discurso do dia-a-dia, então é também um mundo onde filmes como este fazem parte e a indústria cinematográfica começa a perceber isso.

Imagem de "Ready Player One - Jogador 1"

Com um estilo de narrativa muito juvenil e prático, a história em "Ready Player One" apresenta uma moral forte e interessante, que consegue envolver o espectador e não transformar este filme apenas numa confusão de efeitos especiais e CGI.

Vê-se que Spielberg é como um peixe dentro de água neste género de cinema, e o seu gosto por este estilo é transmitido ao público. E isso é sempre um bom sinal. Para além da história e a sua moral, um outro destaque vai certamente para os efeitos especiais bem concretizados e adequados ao estilo de imagem que se vê ao longo do filme.

Aconselho este filme a todos os 'gamers' e amantes deste género, e a todos aqueles que não estão ainda familiarizados com estes termos, porque se não estão, é altura de fazerem um 'upgrade' social.

Mau | Meh | Bom