20/02/2018

Heróis fora de Nova Iorque? Sim, existem.

Crítica: Black Panther

2018



A lufada de ar fresco 'visual' que esta 'Pantera Negra' traz ao grande ecrã era algo que a Marvel já estava a precisar, principalmente depois de tantos filmes de super-heróis que têm como cenário a cidade de Nova Iorque, e um estilo sempre muito urbano. Mas apesar da mudança de ares que podemos assistir neste "Black Panther", ficamos aquém das suas expectativas, e com um sentimento de que se podia ter explorado mais (e melhor) todo este novo ambiente e história, que os fãs de banda-desenhada tanto ansiavam.

E devo de dizer também que não é apenas no ambiente visual que temos aqui uma mudança, mas também numa presença maior de personagens femininas com um impacto importante no desenrolar das cenas, não servindo apenas para o escape amoroso da personagem principal ou outras narrativas mais secundárias (como podemos ver na imagem abaixo).

Imagem de "Black Panther"

É bastante comum vermos aqui o nosso herói rodeado de personagens femininas fortes que têm um grande peso na narrativa, quase que diminuindo por vezes a importância dada ao super-herói principal. E isto é algo de novo no mundo dentro deste género específico de filmes, contudo é uma mudança de paradigma boa e interessante.

Quanto aos pontos mais negativos, recaio na actuação de Chadwick Boseman no papel principal, que não consegue trazer muita dinâmica à sua personagem, e sendo ele o super-herói de toda a história não consegue escapar a este impacto menos positivo. A criação da narrativa do vilão também não é algo de novo, e não tem uma presença forte para a história, e poderia ter sido mais interessante.

Um destaque muito positivo vai para o restante elenco e direcção de actores, assim como a banda-sonora refrescante e moderna, que assenta que nem uma luva em todas as cenas do filme. Saímos da sala de cinema com a vontade de querer estar em Wakanda. Pode ser que na sequela essa vontade aumente ainda mais.

Mau | Meh | Bom

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