04/01/2018

E a vida roda e roda...

Crítica: Roda Gigante

2017


Poster de Roda Gigante

O escritor e realizador Woody Allen representa por si só uma marca no mundo da sétima arte, e um estilo próprio de fazer cinema. Esta Roda Gigante enquadra-se no estilo de Allen, mas faz apenas isso, ou seja, não consegue ir além da sua narrativa, bem trabalhada, para nos dar um filme marcante, ficando-se pelo meio de uma filmografia extensa e com muito melhores obras que esta Roda Gigante.

O filme centra-se na personagem interpretada por Kate Winslet, e nos seus conflitos emocionais, que se transformam em algo muito linear e previsível, faltando aqui uma maior diversidade de emoções ou abordagens. Nota-se aqui uma grande parecença com o filme Blue Jasmine, no foco que dá a uma personagem feminina principal e na sua transformação emocional, sendo que em Blue Jasmine a exploração dessa narrativa está mais interessante.

Imagem de Roda Gigante

A actriz Kate Winslet toma rédeas às emoções desta personagem, mas sinto que poderia ter tido uma performance mais convincente e mais marcada pelo conflito, do que propriamente pelo atenuar de emoções que praticamente sabemos desde que as personagens são introduzidas no filme.

O ponto forte vai certamente para o argumento, apesar de este poder ter sido mais ambicioso, mas que não se deixa levar por comuns clichés, não fosse este um filme escrito por Woody Allen. No departamento técnico nota-se uma posição forte em relação ao estilo de imagem, luzes e cores carregadas, que sinto ter sido um estilo utilizado em demasia, apesar de se entender o seu propósito.

Mau | Meh | Bom

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