16/01/2017

Assaltar por uma boa causa, talvez...

Crítica: Hell or High Water - Custe o Que Custar!

2016


Poster de Hell or High Water - Custe o Que Custar!

Quando dois irmãos muito diferentes, sem nada a perder, se juntam para criar um esquema de roubo de agências bancárias nas terras mais abandonadas do Texas, estamos perante uma história que pode dar o que falar, e neste caso dá mesmo.

Com exibição em Portugal na última edição do Lisbon & Estoril Film Festival, o realizador David Mackenzie traz aos grandes ecrãs um drama policial muito americano, que se destaca pela positiva através do seu enquadramento social, que é bastante relevante nos dias de hoje, e que marca uma fase contemporânea sobre o declínio social e económico que o interior dos EUA atravessa.

Não recorrendo a muitos floreados dramáticos (que neste caso poderiam ser feitos, e tinham corrido mal), encontramos assim um filme que poderia, e deveria, ter um maior destaque no panorama cinematográfico actual, pois tem muito mais em si, do que se poderá pensar à primeira vista.

Ben Foster e Chris Pine numa imagem de Hell or High Water - Custe o Que Custar!

A narrativa é bastante fluída, e não se foca apenas nas sequências de maior tensão dramática, o que dá espaço para que os detalhes que são apresentados ao longo do filme, seja a nível visual ou da história em si, tenham a sua marca, a sua importância e a sua relevância, e não se perdem ou atropelam a narrativa principal.

Todo o elenco encontra-se bem nos seus papéis, exprimindo com qualidade as virtudes e defeitos das suas personagens, com uma realização decente também, permitindo assim que este Custe o Que Custar! tenha em si algo a mais do que apenas um filme de domingo à tarde.

Mau | Meh | Bom

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