14/08/2016

Estado Civil: Muito Complicado

A Lagosta
2015

Colin Farrell e Rachel Weisz numa imagem de "A Lagosta"

Numa realidade humana distorcida, onde casais e solteiros estão numa guerra constante (literalmente), e as pessoas podem transformarem-se em animais, existe sempre algo inquietante e atractivo, colocando diversas questões como amor, casamento, união, sexo e cumplicidade à mistura. Uma espécie de "vamos aplicar ao amor uma fórmula matemática e ver se assim resulta".

Em "A Lagosta", o escritor e realizador Yorgos Lanthimos conseguiu retratar a falsidade do amor e do que a sociedade vê e representa como "o casal perfeito" ou uma união perfeita entre dois seres humanos, de forma totalmente fantasiada que serve para ridicularizar regras socialmente impostas sobre a função do Homem e da Mulher em sociedade sozinhos ou como um casal, de tal forma que em certos momentos do filme rimo-nos desalmadamente e noutros ficamos em choque.

John C. Reilly, Colin Farrell e Ben Whishaw numa imagem de "A Lagosta"

Penso que este se trata do primeiro filme que vejo onde todas as questões que referi são tratadas de uma forma única e funcionalmente exemplar, que resulta numa boa abordagem social e filosófica, e também num bom filme que entretém e deixa qualquer pessoa a querer por uns instantes entrar naquele mundo como um espectador activo.

Uma nota em especial para a boa interpretação de Colin Farrell ao longo de todo o filme, e para a sequência final que deixa (como não poderia ser tratado de melhor forma) tudo em aberto.

Mau | Meh | Bom


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