26/10/2016

Uma versão alternativa do Santo António

Crítica: O Ornitólogo
2016

Poster do filme O Ornitólogo

O realizador português João Pedro Rodrigues apresenta no seu último filme uma adaptação muito pessoal da história de vida de Santo António. O Ornitólogo assume-se como um filme místico e recheado de referências religiosas pouco explícitas. Será que isso basta para se tornar num bom filme? Na minha opinião, não.

Depois de realizar filmes como O Fantasma, Odete ou A Última Vez Que Vi Macau, João Pedro Rodrigues mostra-nos outra vez no grande ecrã uma história muito pessoal (aparecendo até numa pequena aparição durante o filme), criando um ornitólogo que se vai transformando pela paisagem que o envolve e pelos encontros que vai tendo, tornando-se de uma forma bastante homoerótica no símbolo do Santo António, mas que falha, não na sua execução técnica, mas no conteúdo distorcido que tenta de certa forma criar.

Paul Hamy numa imagem de O Ornitólogo

O actor Paul Hamy revela-se bastante fraco na pele deste ornitólogo, sendo que também o guião não ajuda para a sua performance, com diálogos bastante fracos, não passando de uma mera imagem que vai aparecendo em frames (que lembram quadros embelezados) e tornando-se assim num dos pontos mais fracos do filme.
O que sobressai deste filme é com certeza a fotografia e a execução técnica em si, sendo toda a sua realização um bom exemplo de como se deve fazer um filme, mas apenas isso não chega.

Mau | Meh | Bom

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