22/01/2017

Um mar recheado de emoções e vivências

Crítica: Manchester by the Sea

2016


Poster de Manchester by the Sea

Manchester by the Sea é um grande, grande filme. Excelente em todos os sentidos, e não apenas para esta época do cinema e do mundo, mas para sempre. É um filme intemporal, porque mostra um drama que é transversal a todos os seres humanos, no que toca à forma como reagimos a uma perda humana, à morte de um familiar próximo e a forma como reagimos reflecte em si todo o nosso passado, aprendizagens, ganhos e perdas.

Ao longo de todo este filme o espectador consegue rir-se, aborrecer-se, chocar-se e chorar. É um misto de sentimentos e pensamentos, que tocam em todos os pontos do nosso pensamento enquanto seres humanos e da nossa condição humana, sejamos velhos ou novos, homens ou mulheres, e tudo isto graças a uma realização magistral e uma montagem e argumento que nos prendem sem escapatória.

Imagem/Still de Manchester by the Sea

As estrondosas interpretações de todo o elenco, em especial de Casey Affleck, que carrega em si todo a história principal do filme de forma sublime, e Michelle Williams, reforçam ainda mais a carga dramática e especial que este filme possui, onde em duas sequências do filme é impossível o espectador não ficar vidrado na acção e na mensagem tão humana que o argumento e a realização de Kenneth Lonergan trazem ao de cima, assim como através de uma montagem e edição simplistas, mas que funcionam de forma arrebatadora.

Manchester by the Sea é sem dúvida um filme que vai ser visto e revisto ao longo dos anos, sem perder o seu valor. Um filme imperdível, e uma das melhores obras que o cinema trouxe nos últimos anos.

Mau | Meh | Bom

Sem comentários:

Enviar um comentário