Crítica: Tão Só o Fim do Mundo
2016
Poster de Tão Só o Fim do Mundo |
Quando na sinopse de um filme se lê que uma pessoa com uma doença terminal regressa a casa passados 12 anos sem ver a família, apenas para lhes dizer que vai morrer brevemente, sabemos que estamos a ir para um Sr Dramalhão de filme.
Este "Tão Só o Fim do Mundo" é o filme que sucede a "Mamã" do mesmo realizador, Xavier Dolan. Numa linha dramática semelhante, é o argumento e a forma como as personagens, e cenas de interacção entre elas, se conjugam, que conseguem trazer algo superior a este género, já tão 'batido' no cinema contemporâneo.
Dolan começa assim a habituar o público a dramas familiares intensos, parecendo ser essa a sua zona de conforto, e faz-lo de forma sublime. Esperamos que continue nesta linha e trabalhe com este tipo de material cinematográfico.
Actores Nathalie Baye e Gaspard Ulliel numa cena de Tão Só o Fim do Mundo |
Todo o elenco se enquadra perfeitamente em cada personagem da história, e as diversas trocas de olhar que surgem em momentos chave da narrativa, encontram-se muito bem realizados entre a prestação dos actores, o movimento da câmara, a música, etc, enfim, nota-se claramente todo o esforço do realizador e de toda a equipa para construírem um filme sólido, capaz de transformar uma premissa pouco promissora, numa obra intemporal.
Mau | Meh | Bom
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