Crítica: Eu, Tonya
2017
Em qualquer desporto ou modalidade de alta competição, sabe-se que infelizmente não é apenas o talento e a qualidade técnica que servem de base para ganhar medalhas ou troféus, mas também a imagem que as pessoas transmitem e aquilo que os media conseguem criar, sendo que tudo isso tem um impacto bastante forte numa pessoa, principalmente numa pessoa ainda adolescente, como foi o caso de Tonya.
Colocando a veracidade dos factos mostrados em "Eu, Tonya" de lado, vemos então um filme que demonstra com eficácia a forma como a paixão e o talento nato para uma determinada modalidade é algo que deve ser admirado, mas também que pode ser destruído por relações abusivas e por um sistema social onde prevalece a arrogância e a futilidade.
Imagem de "Eu, Tonya" |
O grande destaque aqui vai sem dúvida para a personagem que dá nome ao filme, assim como para a actriz Margot Robbie, que tem uma prestação sublime e carregada de emoções diversas, mas que dão uma grande coerência à personagem e à sua evolução ao longo do filme.
A montagem e edição também adicionam um factor interessante ao filme e uma mais valia, contudo é difícil de não reparar nos efeitos especiais que estão medianos e que poderiam ter sido trabalhados de melhor forma, fazendo com que a audiência se distraia em algumas ocasiões.
Este é um filme bem conseguido, com um elenco muito bom, mas que retrata uma história dramática e triste, onde não ficamos com boas memórias. Não do filme em si, mas deste tipo de histórias, que infelizmente acontecem na realidade e que muitas delas não chegam sequer a ser conhecidas.
Mau | Meh | Bom
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