Crítica: Biutiful
2010
Poster de "Biutiful" |
"Biutiful" é um filme nada bonito ou esteticamente agradável. Como se indica pelo seu próprio título, é como se o retrato do que é considerado bonito ou belo seja aqui uma imagem distorcida do seu aparente significado, mas que é tão real e está tão presente no dia-a-dia de qualquer tipo de sociedade, que abala o espectador e força-o a ver aquilo que normalmente nós tentamos evitar de ver.
O galardoado realizador Alejandro González Iñárritu (vencedor já de 2 Óscares de Melhor Realização), cria aqui uma obra que poderá ser polémica e chocante para uma boa parte do público, mas que não o é propositadamente, apenas junta em si vários lados da sociedade que normalmente não são contados ou mostrados em filmes, ou peças de teatro, livros, etc, de uma forma tão crua e 'unificada', digamos assim.
Javier Bardem numa imagem de "Biutiful" |
O filme percorre a vida de um homem que tem as suas crenças e os seus valores bem definidos, mas que se encontra rodeado por um ambiente nocivo do ponto de vista social, e ao tentar corrigir e ultrapassar os problemas que vão surgindo, o seu desgaste físico e emocional vai crescendo, e a sua luta fica cada vez mais difícil.
Esta personagem principal é aqui interpretada de forma excepcional pelo actor Javier Bardem, que com este papel foi nomeado ao Óscar para Melhor Actor. Bardem consegue carregar aos seus ombros todo o filme e toda a problemática que envolve a sua personagem de forma tão intensa que nos faz praticamente sentir na nossa pele os seus problemas e a sua vida.
'Biutiful' é mais um filme que mostra o estilo e a elevada qualidade de escrita e realização de Iñárritu, e é mais um dos seus filmes que é obrigatório de ver e apreciar.
Mau | Meh | Bom
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