Diogo Amaral (Pedro) e Joana de Verona (Inês) nos ensaios de "Pedro e Inês". Foto António Ferreira. |
As histórias de “Pedro e Inês” chegam ao cinema pela mão do realizador António Ferreira. A adaptação da obra “A Trança de Inês” da romancista
Rosa Lobato Faria, na qual este filme se inspira, foca-se em Pedro, um indivíduo
internado num hospital psiquiátrico por viajar de carro com o cadáver da sua amada
Inês, revive loucamente as vidas de D. Pedro I, Pedro Santa Clara e Pedro Rey.
A rodagem decorre na cidade que viu nascer a narrativa, Coimbra, com rodagens a
decorrer na Sé Velha e na Quinta das Lágrimas, bem como em lugares da Lousã,
Cantanhede e no castelo de Montemor-o-Velho. As filmagens, que têm início no dia 20
de Junho, são protagonizadas por Diogo Amaral, no papel de Pedro e Joana de Verona
no de Inês.
O filme apresenta três vias e três tempos distintos para o amor trágico entre “Pedro e
Inês”. Esta tripartição desenrola-se na época medieval, episódio ao qual Luís Vaz de
Camões destacou com grande crueza nos Lusíadas, na actualidade e num futuro
distópico onde as populações regressam ao campo vindas da cidade, para viver em
harmonia com a natureza. Em todas as épocas, Pedro e Inês conhecem-se e
apaixonam-se descontroladamente, enfrentando os tabus de cada época que teimam
em separá-los.
Destacam-se ainda os papéis desempenhados por Vera Kolodzig como Constança (esposa
de Pedro), João Lagarto como Afonso (pai de Pedro), Custódia Gallego como Beatriz
(mãe de Pedro), Miguel Borges como Pero Coelho (carrasco de Inês) e, por fim,
Cristóvão Campos como Estevão (escudeiro de Pedro), sendo os mesmos actores que
interpretam os diferentes personagens nas três épocas em que o filme acontece.
Esta é a terceira longa-metragem do realizador António Ferreira, que já realizou, entre
outros, os filmes “Esquece Tudo o Que Te Disse”, “Embargo” e “Respirar Debaixo
d’Água".
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