Crítica: O Sal da Terra
2014
O realizador Wim Wenders decidiu apresentar um documentário sobre um fotógrafo, algo que já por si pode ser considerado 'estranho', mas acabou por criar uma obra que contêm a essência do ser humano e que fica logo intemporal porque serve como um documento sólido sobre diversos temas, que vão desde a Economia à Morte.
Confesso que ao ver esta obra consegui rir, maravilhar-me, chorar e ficar a pensar sobre mil e uma coisas depois de o ver, essencialmente em relação à condição humana, e quando isso acontece a qualquer pessoa é porque estamos perante algo histórico, um documento que tem de ficar para todo o sempre, por forma a podermos sempre aprender e crescer como pessoas e ganharmos uma opinião formada.
Sebastião Salgado a mostrar algumas das suas fotografias |
Sebastião Salgado apresenta-se como um fotógrafo social, com uma carreira bastante extensa e sólida, que durante quase toda a sua vida viajou pelo mundo à procura dos acontecimentos mais marcantes a nível social e registá-los através de imagens.
As fotografias apresentadas ao longo do filme são todas marcantes e criam por si só uma história e um retrato social que deixam o público agarrado a todos os pormenores das mesmas.
Nesta viagem pelo tempo e por alguns dos acontecimentos da história da humanidade somos confrontados com aquilo que define o que significa ser-se uma pessoa, e ser-se uma pessoa em sociedade, a forma como as nossas acções podem condicionar a vida, não apenas a nossa mas dos seres que nos rodeiam e também do ambiente em que vivemos.
Fotografia de Sebastião Salgado |
No final desta obra percebemos que embarcámos em algo maior que nós, individualmente falando, e que a vida não pode ser vista de um só prisma, existem muitos factores que influenciam tudo e todos, seja para o bom como para o mau. A condição humana na sua essência. Um filme que deve ser visto por todos.
Pode-se ver o filme na íntegra aqui:
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