18/02/2017

Entrevista a Tom Hiddleston sobre Kong: Ilha da Caveira


No próximo dia 9 de Março chega às salas de cinema em Portugal, o novo filme de um dos monstros mais conhecidos do mundo cinematográfico, King Kong.

O actor Tom Hiddleston interpreta o Capitão James Conrad em Kong: Ilha da Caveira, e deu uma entrevista aos media onde fala do que o motivou a entrar para este filme, sobre os seus colegas de elenco, entre outras coisas.

Fiquem aqui com a sua entrevista:

Qual é a tua memória mais antiga de King Kong?

TH: Deve ter sido o filme de 1933, que eu provavelmente vi na televisão quando tinha 7 ou 8 anos. Apesar de ser a preto e branco e um filme antigo, eu achei que era porreiro. Mas é interessante, porque eu não me recordo de alguma altura onde eu não conhecesse o King Kong (risos). Parece-me que sempre foi uma figura poderosa e icónica na imaginação das pessoas.

Quando o realizador Jordan Vogt-Roberts abordou-te para fazeres parte de Kong: Ilha da Caveira, o que é que te atraiu mais no projecto?

TH: Bom, eu era um grande admirador do que os produtores já tinham conseguido com Godzilla, e a abordagem do Jordan para este King Kong era tão fascinante e moderna, que muito rapidamente eu aceitei. Eu também nunca tinha tido a oportunidade de representar uma personagem como esta, e eles estavam a convidar-me para deixar nela a minha marca. Eu assinei cerca de um ano e meio antes de começarmos as filmagens, e a preparação para esta colaboração, a nível da personagem, narrativa, época, etc, foi muito excitante para mim.

Eu estou muito grato por fazer parte de um filme como este, e de ter tido a oportunidade de fazer algum impacto num papel que se encontrava muito distante de mim mesmo. Isso é muito raro, principalmente num filme desta escala. Eu acho que é importante em qualquer filme, investirmos a nossa compaixão e verdade na personagem. Sente-se mais proximidade. Fiquei muito feliz por ter interpretado o Conrad.

O que nos podes contar sobre a dinâmica entre a tua personagem Conrad e a personagem que a Brie Larson interpreta, Mason Weaver?

TH: O Conrad e a Weaver são dois forasteiros que se apercebem que existe um objectivo mais profundo na missão que lhes foi dada. Apesar de cada um ser muito independente, eles estão juntos, e tornam-se aliados e amigos.

Um ponto de viragem para estas personagens surge quando eles estão num cume de uma montanha, e o Conrad sente a presença de Kong, e de repente Kong está a um metro de distância deles. Esse breve encontro com Kong é decisivo, porque as personagens não só vivem aquela experiência, como se apercebem que Kong é um ser sensível. Aquele momento aproxima-os de Kong, e fortalece a amizade entre Conrad e Weaver.


E sobre a personagem interpretada por Samuel L. Jackson, qual é a reacção dela a Kong, e como se cria o conflito com Conrad?

TH: Packard (personagem interpretada por Samuel L. Jackson) vai aumentando a sua raiva e obsessão com a vingança contra o “inimigo”, Kong, que já tinha morto algumas pessoas da sua equipa. Ele põe a vida das pessoas em risco, à medida que tenta controlar uma situação que já está para além do seu controlo ou percepção. O Packard perdeu o seu rumo.

Ao contrário de Packard, Conrad pensa racionalmente e sabe que há mais coisas em risco. Para ele tornou-se uma missão de sobrevivência. Igualmente importante, Conrad passa a respeitar Kong e o seu papel em manter a ordem natural naquela ilha. Aliás, ele, Weaver e Marlow (representado por John C. Reilly) arriscam as suas vidas, para salvar a de Kong. Tudo isto leva a que Conrad e Packard vão por caminhos opostos, levando depois ao seu confronto.

Eu acho que um filme com esta escala ganha com este conflito entre as duas personagens principais. Existe algo quase clássico em relação a isso, queremos ver duas figuras fortes a confrontarem-se.

Como tem sido contracenar com o Samuel L. Jackson?

TH: Eu gosto sempre de trabalhar com o Sam, e lembro-me como foi simpático e caloroso no nosso primeiro filme juntos, Os Vingadores. E eu sei que ele gosta, tanto como eu, destes confrontos um para um em Kong: Ilha da Caveira.

É emocionante quando tens uma boa cena, onde consegues criar intensidade em conjunto. Não consegues criar essa intensidade sozinho. É o tipo de actuação que só consegues ter com um grande parceiro de cena, como o Sam.


Certamente que existem muitos requisitos técnicos num filme desta escala, mas o realizador disse que gosta de encorajar os actores a criar momentos diferentes e espontâneos dentro dessa estrutura. É algo que tu gostas?

TH: Eu adoro esses momentos inesperados, porque o cinema serve para capturar essa beleza. Claro que todos nós temos de fazer o nosso trabalho de casa e decorar as falas, mas assim que estás no cenário, podes divergir, e às vezes é dessa diferença que nascem as melhores ideias.

Consegues destacar um momento durante as filmagens, que tenha sido memorável para ti?

TH: Se tiver de dizer um, foi quando estávamos num vale no Havai, debaixo da sombra de uma montanha. O céu estava limpo e a forma como a luz batia nas cordilheiras da montanha, era muito bonito. Estávamos todos a andar numa cordilheira e a entrar no “cemitério dos ossos”, que era um cenário repleto de enormes ossos de animais. Era fantástico. Virámo-nos uns para os outros e dissemos que aquilo era realmente excitante e inspirador. Se não consegues te inspirar com isto, então não consegues ter inspiração de nada. Parecíamos todos umas crianças numa loja de doces. Foi um momento muito bom.

17/02/2017

Uma grande muralha, um pequeno filme

Crítica: A Grande Muralha (The Great Wall)

2016


Poster de A Grande Muralha

Matt Damon protagoniza o filme "A Grande Muralha", que a nível de imponência é realmente grande, mas a nível cinematográfico não é grande coisa. Com grandes pretensões a um filme de aventuras épicas, com um toque de fantasioso e misterioso, esta 'muralha' deixa muito a desejar, utilizando um argumento fraco, que recicla os mais diversos clichés deste género de filmes, não acrescentando nada ao cinema.

A mística que envolve todo o conceito da grande muralha da China é ainda o que consegue segurar o público, contudo este lado é mal aproveitado, e isso é pena.

Matt Damon numa imagem de A Grande Muralha

O aspecto menos medíocre deste filme passa pela sua componente técnica, em especial os movimentos de câmera e os efeitos especiais, e a nível do elenco é algo medíocre também, onde as performances de actores de renome como o protagonista Matt Damon ou o actor Willem Dafoe, parecem ter sido tiradas a custo, como se estivessem ali apenas para lucrar com um filme, onde as perspectivas de bilheteiras são altas.

Não vale a pena verem este filme nos cinemas, nem gastar o dinheiro extra para o ver em 3D ou IMAX, pois aqui trata-se de um mero filme de domingo à tarde.

Mau | Meh | Bom

15/02/2017

Max Steel na versão dobrada com a voz de SirKazzio


SirKazzio, um dos maiores youtubers portugueses com quase 4 milhões de subscritores, dá voz a Max McGrath, na versão dobrada de ‘Max Steel’, que estreia nos cinemas nacionais a 2 de Março. O filme também estará disponível na versão legendada.

Max Steel’ retrata as aventuras do jovem Max McGrath e do seu companheiro extraterrestre, Steel, que juntos ganham uma nova energia que se materializa no super-herói Max Steel. Baseado na série animada de televisão com o mesmo nome, ‘Max Steel’ salta agora para o grande ecrã numa junção de personagens reais e efeitos especiais. Com Ben Winchell (‘Espírito Adolescente’) no principal papel, conta ainda com interpretações de Andy Garcia (‘O Padrinho – Parte III’) e Maria Bello (‘Raptadas’), entre outros.


Sinopse:

O adolescente Max McGrath e a mãe acabaram de regressar a Copper Canyon, a cidade onde Max nasceu e o seu pai, cientista, morreu em condições misteriosas. Max tem dificuldades em adaptar-se à nova escola e a situação torna-se ainda mais complicada quando o seu corpo começa a gerar ondas de energias estranhas que ele não consegue controlar. À beira da combustão fatal, Max é salvo por Steel, um extraterrestre techno-orgânico que tem acompanhado os progressos de Max em segredo. Os dois descobrem que juntos podem controlar a energia e transformá-la numa força super-humana – mas separados nenhum deles sobrevive.
À medida que estes amigos improváveis aprendem a aceitar os seus destinos ligados, vão descobrindo segredos que rodeiam a morte do pai do Max e, vasculhando mais a fundo, dão por eles perseguidos por um inimigo inesperado que pretende capturá-los para cumprir um plano sinistro de destruição. Sem saberem em quem confiar, os dois terão de trabalhar em conjunto para descobrirem a verdade e encontrarem forma de derrotar a força misteriosa que ameaça o mundo deles.

14/02/2017

129 mil já viram "As Cinquenta Sombras Mais Negras"


As Cinquenta Sombras Mais Negras’ foi o filme mais visto do fim-de-semana em Portugal, tendo já chegado aos 129.725 espectadores com uma receita de 719.550 €, sendo esta a melhor abertura de 2017 até agora.

Depois do sucesso do primeiro filme, que ganhou o estatuto de blockbuster e em Portugal foi o quarto filme mais visto de 2015, com mais de 500 mil espectadores, a sequela chegou aos cinemas a 9 de Fevereiro e convida os espectadores a envolverem-se em sombras mais negras.

Jamie Dornan e Dakota Johnson retomam os papéis de Christian Grey e Anastasia Steele em ‘As Cinquenta Sombras Mais Negras’, a adaptação cinematográfica do segundo volume da trilogia de E L James, ‘As Cinquentas Sombras’, um best-seller que se tornou num fenómeno mundial.
‘As Cinquenta Sombras Mais Negras’ é a continuação de um romance “obsessivo” entre Anastasia Steele, uma jovem estudante que tem agora uma carreira numa prestigiada editora de Seattle, e Christian Grey, um temido e carismático presidente de uma poderosa empresa internacional.

Christian Grey volta a seduzir Anastasia Steele que agora, bem mais cautelosa, exige novas regras antes de lhe dar outra oportunidade. Assim que ambos começam a ganhar confiança e a encontrar estabilidade, figuras do passado de Christian começam a assombrar a relação, determinadas a destruir qualquer hipótese de um futuro juntos.

Regressam, também, a actriz nomeada para um Óscar, Marcia Gay Harden, Eloise Mumford, Victor Rasuk, Luke Grimes, Jennifer Ehle, Rita Ora e Max Martini, aos quais se junta a vencedora de um Óscar Kim Besinger, Bella Heathcote e Eric Johnson. ‘As Cinquenta Sombras Mais Negras’ é realizado por James Foley (‘Fear’, ‘House of Cards’) e novamente produzido por Michael De Luca, Dana Brunetti e Marcus Viscidi, juntamente com E L James, criadora deste sucesso mundial. O argumento é de Niall Leonard, baseado no livro de James.

08/02/2017

As mulheres e o cinema de autor em destaque na 8ª Edição do FESTin



O festival FESTin decorre entre 01 a 08 de Março no Cinema São Jorge e no Instituto Cervantes, em Lisboa. O Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa (FESTin) traz novamente a produção cinematográfica dos nove países que compõem a comunidade dos países em língua portuguesa – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Equatorial, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Num ano em que alguns dos seus eventos estão inseridos na programação da Lisboa 2017 - Capital Ibero-americana de Cultura e que encerra, justamente, no Dia Internacional da Mulher, as temáticas femininas estarão presentes tanto na programação cinematográfica quanto nos eventos paralelos. Estas aproveitam a rubrica do evento ibero-americano – Passado e Presente – para relacioná-lo às actividades que analisam o papel feminino no audiovisual.

Mariana Ximenes no FESTin

A atriz brasileira, presente em dois filmes da competição do FESTin, estará no Cinema São Jorge durante o festival. Não apenas um nome conhecido dos espectadores de telenovelas, Mariana Ximenes é uma das personalidades que mais investe em cinema alternativo no Brasil – vindo daí a participação num filme que co-produz (“Prova de Coragem”) e outro onde actua (“Quase Memória”) e que fazem parte da selecção principal.

No primeiro caso, trata-se da adaptação de um livro de Roberto Gervitz e conta a história de um casal, um médico e uma artista plástica presos entre o desafio do casamento, da proximidade do nascimento de um filho e as situações mal resolvidas no íntimo de cada um deles.

Já “Quase Memória” é um trabalho semi autobiográfico de um dos grandes nomes do Cinema Novo brasileiro, Ruy Guerra – que aqui desafia as regras narrativas e propõe um belíssimo estudo sobre a memória. O elenco principal inclui Tony Ramos.

Lisboa Capital Ibero-americana de Cultura: passado e presente

O FESTin foi um dos eventos culturais seleccionados para fazer parte da Lisboa Capital Ibero-americana de Cultura e aproveitou para acentuá-la no feminino. Entre as diversas actividades no Cinema São Jorge, estão previstos debates, mesas redondas, masterclasses e pelo menos três programações especiais de filmes.

Fazendo a devida ligação com as Américas, o festival vai exibir títulos da cinematografia latino-americana, para além de uma mostra especial, a realizar-se principalmente no Instituto Cervantes, de filmes de Titón (alcunha de Tomás Gutiérrez Alea), um dos mais prestigiados realizadores cubanos falecido em 1996. A sua viúva e protagonista de alguns dos seus filmes, Mirtha Ibarra, estará presente. A actriz foi responsável pelo documentário “Titón – de Habana a Guantanamera”, que também será exibido.

O papel feminino na história do audiovisual português é igualmente observado na mostra de alguns trabalhos da realizadora Margarida Gil. Nascida na Covilhã e com uma extensa carreira no cinema e na televisão, a cineasta terá exibido no São Jorge os seus filmes mais emblemáticos – caso de “Rosa Negra” (1992), que fez parte da competição no Festival de Locarno, “O Anjo da Guarda” (1998), “Adriana” (2004), “O Fantasma de Novais” (2012) e “Paixão” (2012).

Antestreias portuguesas

O festival terá a antestreia lisboeta de dois novos projetos portugueses. “Uma Vida à Espera”, é a terceira longa-metragem de Sérgio Graciano (de “Assim Assim” e “Njinga”) que afasta-se do formato mais acessível dos seus trabalhos anteriores para propor a imersão na vida de um sem-abrigo que perambula pelas ruas da capital à espera de uma carta que pode ou não chegar.

Enquanto Sérgio Graciano afasta-se do cinema de género, José Pedro Lopes investe num território pouco explorado no cinema português na sua primeira longa-metragem. “A Floresta das Almas Perdidas” aborda, com o selo de “filme de terror”, a experiência de dois personagens que se encontram num lugar para onde costumam ir os suicidas.

Temáticas lusófonas

No universo da lusofonia um dos destaques será a produção de Timor-Leste “Avô Crocodilo” – um documentário editado especialmente para o FESTin. O filme, com destaque para a bela fotografia, narra episódios de resistência à invasão indonésia.

Por seu lado “Deolinda” aborda um dos mitos da história angolana – uma enfermeira que largou uma vida estável para lutar pela liberdade do seu país.

Um dos mais belos filmes da programação do FESTin, “O Outro Lado do Paraíso” abre o festival com um drama social de contornos mais clássicos, narrando a história de uma família pobre que luta para se estabelecer numa Brasília em plena construção no início dos anos 60.

Andreia Horta, intérprete de Elis Regina, é outra presença no FESTin

Já “Elis”, um dos grandes sucessos do cinema brasileiro de 2016, é uma prenda para o Dia Internacional da Mulher, narrando a trajectória de um dos maiores ícones da Música Popular Brasileira (MPB), Elis Regina. A actriz Andreia Horta, que interpreta a cantora, foi uma das grandes revelações do cinema brasileiro do ano passado e virá a Lisboa para a sessão de encerramento.

Competição e FESTin Arte

A competição deste ano reforça o trajecto iniciado há dois anos no sentido de funcionar como uma mostra do que melhor em termos de cinema de autor se produz em territórios lusófonos. Para além dos filmes citados, completam a rúbrica obras como “Para Ter onde Ir”, que traz um road movie abordando as encruzilhadas de três mulheres sobre as belas paisagens do Pará, região amazónica brasileira, ou “Comeback”, protagonizado por um dos melhores actores do Brasil, Nélson Xavier (vencedor do prémio de Melhor Actor no FESTin 2015), a viver um assassino de aluguer retirado – num filme que apresenta o tema do crime a soldo num melancólico vai-e-vem próprio dos desafios da terceira idade.

Do polo mais criativo de inovações brasileiras, o estado de Pernambuco – que revelou, entre outros Kléber Mendonça, premiado em Cannes no ano passado – vem o ousadíssimo “Animal Político”, que narra com diálogos acutilantes, um ácido sentido de humor e pinceladas de surrealismo, a história de uma vaca em crise existencial. O filme estreou na secção Bright Future do Festival de Roterdão. Pelo seu carácter mais experimental, o projecto figura, junto a “Quase Memória”, na secção FESTin Arte.

Outro ilustre luminar de Pernambuco, o premiadíssimo Cláudio Assis (vencedor do prémio de Melhor Filme do FESTin em 2011 com “Febre do Rato”) surge com “Big Jato” – novamente trazendo rebeldia a rimar com poesia. Em outras paisagens, “BR 716” mergulha no espírito sessentista do Rio de Janeiro para lhe prestar um movimentado requiem.

Documentários

Entre os seis documentários em competição, o destaque é “Curumim”, filme que causou forte impacto no Festival de Berlim do ano passado, ao contar a história do brasileiro condenado à pena de morte por tráfico de drogas na Indonésia. Obtendo imagens filmadas no seu longo cativeiro pelo próprio biografado, Marcos Prado construiu um filme intenso.

Nesta secção também destaque para “Todos”, obra que personifica a vocação social do festival, ao trazer um trabalho que permite ser apreciado por uma audiência de deficientes auditivos e visuais.

Festinha

As sessões para os mais novos vão ter este ano a novidade da competição – incluindo um júri adulto e outro composto por crianças, que atribuirão uma Menção Honrosa a um dos dez filmes seleccionados.

Os bilhetes para o festival estarão à venda na bilheteira do Cinema São Jorge a partir de segunda-feira, dia 13 de Fevereiro, e são os seguintes:

3,00€ (bilhete normal)
2,50€ (até 25 anos e maiores de 65 anos)
1,50€ (estudantes e grupos de mais de 10 pessoas/preço por pessoa)
1,50€ (Mostra de Documentários/preço por sessão)
Sessões Festinha: 2€ (adultos) e 1€ (crianças até 12 anos)

06/02/2017

Magia e Super-Heróis? Sim, existe.

Crítica: Doutor Estranho (Doctor Strange)

2016


Poster de Doutor Estranho

Os estúdios da conhecida Marvel apresentaram, em 2016, mais um super-herói no grande ecrã, para se juntar ao seu universo e potencialmente criar mais um franchise de sucesso. Mas desta vez a realidade é diferente. Em Doutor Estranho os poderes que o protagonista apresenta vêm, literalmente, de outra realidade, com base no misticismo e na magia, o que demonstra em si uma aposta diferente da Marvel, e um risco também. Na minha opinião esse risco compensou, e tornou-se uma lufada de ar fresco a nível de efeitos especiais e de potencialidades que este tipo de filmes podem ter.

Benedict Cumberbatch interpreta um cirurgião que vai tentar de tudo para corrigir os defeitos físicos derivados de um acidente que teve, e acaba por ficar imerso num mundo desconhecido, e de mostrar a sua potencialidade nas artes místicas.

Tilda Swinton e Benedict Cumberbatch numa imagem de Doutor Estranho

Quem vai ver este filme tem de ir com uma mente aberta e aceitar à partida esta grande novidade para os típicos filmes de super-heróis, para que depois da magia ser aceite, possa entrar nesta aventura de forma descontraída.

Apesar de o argumento não ser de todo uma novidade, seguindo as regras base para este género de filmes, consegue captar a atenção do público, e neste caso os efeitos especiais não se sobrepõem à narrativa, muito pelo contrário, dão um maior destaque à mesma e são, sem dúvida, o ponto mais forte do filme, sendo que inclusivamente encontram-se nomeados aos Óscares na categoria de Melhores Efeitos Especiais. Uma nomeação mais que merecida.

Mau | Meh | Bom

05/02/2017

O luar toca a todos

Crítica: Moonlight

2016


Poster de Moonlight

Com diversos prémios mundiais de cinema já arrecadados, e um total de 8 Nomeações aos Óscares, Moonlight apresenta-se como um dos filmes favoritos da crítica e do público do último ano, sendo que as expectativas são elevadas, e não desilude.

Dividido em três fases cruciais da vida de qualquer pessoa (infância, adolescência e idade adulta), Moonlight apresenta-nos de forma descomplicada os principais dilemas e problemas que um jovem terá de enfrentar em cada uma dessas fases, através daquilo que vai aprendendo e assimilando, sendo que aqui o factor diferenciador reside no facto de não acompanharmos apenas a evolução do personagem principal, mas também a evolução dos seus problemas, do mundo que o rodeia, e ao vermos a forma como ele muda e se adapta a esses mesmos problemas ao longo do tempo, vemos outras camadas narrativas que fazem de Moonlight mais do que apenas mais um filme.

Imagem de Moonlight

Tecnicamente terei de destacar sem dúvida a excelente fotografia que o filme apresenta em diversos momentos cruciais, e que nos envolvem bastante, assim como a banda-sonora que é de uma delicadeza estonteante e tão forte que por vezes nos deixam de rastos, no bom sentido claro.

O elenco está todo de parabéns, assim como a realização de Barry Jenkins, que consegue consolidar aqui uma obra de excelência e que poderá vir a se tornar num filme de culto para as gerações que virão. O tempo o dirá.

Mau | Meh | Bom