No próximo dia 9 de Março chega às salas de cinema em Portugal, o novo filme de um dos monstros mais conhecidos do mundo cinematográfico, King Kong.
O actor Tom Hiddleston interpreta o Capitão James Conrad em Kong: Ilha da Caveira, e deu uma entrevista aos media onde fala do que o motivou a entrar para este filme, sobre os seus colegas de elenco, entre outras coisas.
Fiquem aqui com a sua entrevista:
Qual é a tua memória mais antiga de King Kong?
TH: Deve ter sido o filme de 1933, que eu provavelmente vi na televisão quando tinha 7 ou 8 anos. Apesar de ser a preto e branco e um filme antigo, eu achei que era porreiro. Mas é interessante, porque eu não me recordo de alguma altura onde eu não conhecesse o King Kong (risos). Parece-me que sempre foi uma figura poderosa e icónica na imaginação das pessoas.
Quando o realizador Jordan Vogt-Roberts abordou-te para fazeres parte de Kong: Ilha da Caveira, o que é que te atraiu mais no projecto?
TH: Bom, eu era um grande admirador do que os produtores já tinham conseguido com Godzilla, e a abordagem do Jordan para este King Kong era tão fascinante e moderna, que muito rapidamente eu aceitei. Eu também nunca tinha tido a oportunidade de representar uma personagem como esta, e eles estavam a convidar-me para deixar nela a minha marca. Eu assinei cerca de um ano e meio antes de começarmos as filmagens, e a preparação para esta colaboração, a nível da personagem, narrativa, época, etc, foi muito excitante para mim.
Eu estou muito grato por fazer parte de um filme como este, e de ter tido a oportunidade de fazer algum impacto num papel que se encontrava muito distante de mim mesmo. Isso é muito raro, principalmente num filme desta escala. Eu acho que é importante em qualquer filme, investirmos a nossa compaixão e verdade na personagem. Sente-se mais proximidade. Fiquei muito feliz por ter interpretado o Conrad.
O que nos podes contar sobre a dinâmica entre a tua personagem Conrad e a personagem que a Brie Larson interpreta, Mason Weaver?
TH: O Conrad e a Weaver são dois forasteiros que se apercebem que existe um objectivo mais profundo na missão que lhes foi dada. Apesar de cada um ser muito independente, eles estão juntos, e tornam-se aliados e amigos.
Um ponto de viragem para estas personagens surge quando eles estão num cume de uma montanha, e o Conrad sente a presença de Kong, e de repente Kong está a um metro de distância deles. Esse breve encontro com Kong é decisivo, porque as personagens não só vivem aquela experiência, como se apercebem que Kong é um ser sensível. Aquele momento aproxima-os de Kong, e fortalece a amizade entre Conrad e Weaver.
E sobre a personagem interpretada por Samuel L. Jackson, qual é a reacção dela a Kong, e como se cria o conflito com Conrad?
TH: Packard (personagem interpretada por Samuel L. Jackson) vai aumentando a sua raiva e obsessão com a vingança contra o “inimigo”, Kong, que já tinha morto algumas pessoas da sua equipa. Ele põe a vida das pessoas em risco, à medida que tenta controlar uma situação que já está para além do seu controlo ou percepção. O Packard perdeu o seu rumo.
Ao contrário de Packard, Conrad pensa racionalmente e sabe que há mais coisas em risco. Para ele tornou-se uma missão de sobrevivência. Igualmente importante, Conrad passa a respeitar Kong e o seu papel em manter a ordem natural naquela ilha. Aliás, ele, Weaver e Marlow (representado por John C. Reilly) arriscam as suas vidas, para salvar a de Kong. Tudo isto leva a que Conrad e Packard vão por caminhos opostos, levando depois ao seu confronto.
Eu acho que um filme com esta escala ganha com este conflito entre as duas personagens principais. Existe algo quase clássico em relação a isso, queremos ver duas figuras fortes a confrontarem-se.
Como tem sido contracenar com o Samuel L. Jackson?
TH: Eu gosto sempre de trabalhar com o Sam, e lembro-me como foi simpático e caloroso no nosso primeiro filme juntos, Os Vingadores. E eu sei que ele gosta, tanto como eu, destes confrontos um para um em Kong: Ilha da Caveira.
É emocionante quando tens uma boa cena, onde consegues criar intensidade em conjunto. Não consegues criar essa intensidade sozinho. É o tipo de actuação que só consegues ter com um grande parceiro de cena, como o Sam.
Certamente que existem muitos requisitos técnicos num filme desta escala, mas o realizador disse que gosta de encorajar os actores a criar momentos diferentes e espontâneos dentro dessa estrutura. É algo que tu gostas?
TH: Eu adoro esses momentos inesperados, porque o cinema serve para capturar essa beleza. Claro que todos nós temos de fazer o nosso trabalho de casa e decorar as falas, mas assim que estás no cenário, podes divergir, e às vezes é dessa diferença que nascem as melhores ideias.
Consegues destacar um momento durante as filmagens, que tenha sido memorável para ti?
TH: Se tiver de dizer um, foi quando estávamos num vale no Havai, debaixo da sombra de uma montanha. O céu estava limpo e a forma como a luz batia nas cordilheiras da montanha, era muito bonito. Estávamos todos a andar numa cordilheira e a entrar no “cemitério dos ossos”, que era um cenário repleto de enormes ossos de animais. Era fantástico. Virámo-nos uns para os outros e dissemos que aquilo era realmente excitante e inspirador. Se não consegues te inspirar com isto, então não consegues ter inspiração de nada. Parecíamos todos umas crianças numa loja de doces. Foi um momento muito bom.
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