Crítica: Não Te Preocupes, Não Irá Longe a Pé
(2018)
O realizador Gus Van Sant, conhecido por filmes como "Disposta a Tudo", "Elephant" ou "Milk", está de volta com um filme que consegue conjugar de uma forma muito interessante os vícios humanos, tanto física como psicologicamente.
Mesmo o título remete-nos para uma metáfora cómica que se aplica ao longo do filme, no entanto os momentos mais cómicos, e que conseguem fazer o público rir, não são propriamente situações meramente cómicas, tendo sempre um subtexto dramático intrínseco, e isso torna este filme ainda mais interessante.
O tom aqui utilizado faz com que o espectador nunca fique totalmente confortável com as situações apresentadas, não sabendo se há-de rir ou chorar, ou outra coisa qualquer, e esse estado de incerteza é um dos seus pontos mais fortes.
Imagem do filme "Não Te Preocupes, Não Irá Longe a Pé" |
Todo o elenco está de parabéns, mas tenho de destacar o trabalho apresentado pelos actores Joaquin Phoenix e Jonah Hill (ambos já com mais do que uma nomeação aos Óscares nas suas carreiras, até agora), que aqui conseguem demonstrar todo o seu talento e com interpretações que vão até aos mais pequenos pormenores, e isso faz com que o público consiga ligar-se ainda mais à narrativa.
Este é daqueles filmes que não serve apenas para entreter, pois consegue também educar e servir de 'lição' social, fazendo-nos pensar sobre as nossas acções e as suas implicações e consequências, não invalidando o papel que a aleatoriedade desempenha nas vidas de cada um de nós.
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