07/07/2017

Marés Mortas

Crítica: Baywatch - Marés Vivas

2017


Poster de "Baywatch - Marés Vivas"

"Baywatch" não deveria ter sido remexido desta forma. A adaptação ao cinema de "Marés Vivas" não deveria ser realizada assim. Nem assim, nem possivelmente de outra forma. Estamos perante um filme que é um sério candidato ao estatuto de pior filme de 2017.

Sinceramente não entendo o que se passou aqui, se algum fenómeno super-natural se sucedeu durante a escrita do guião, ou no decorrer das filmagens, ou mesmo na montagem final, porque não se consegue aproveitar nada de minimamente bem concretizado neste "Baywatch - Marés Vivas". Esperava-se qualquer coisa com pelo menos algum cuidado no seu planeamento, tendo em conta o sucesso que a série teve.

Imagem de "Baywatch - Marés Vivas"

Desaconselho mesmo a ida ao cinema para este filme, pois é uma pena o dinheiro aqui gasto. Nem os actores com nome mais sonante, que interpretam as principais personagens, conseguem trazer algo de benéfico durante todo o filme, sendo que a sua história encontra-se mal estruturada, super previsível, enfim, uma confusão geral.

Até os cameos foram mal aproveitados, e não conseguiram trazer qualquer tipo de nostalgia que o filme poderia ter aproveitado.

Mau | Meh | Bom

04/07/2017

"Gru - O Maldisposto 3" estreia em Nº 1 no Top Nacional

Imagem de "Gru - O Maldisposto 3"

Mais de 106 mil espectadores assistiram à estreia de ‘Gru - O Maldisposto 3’ este fim de semana nas salas de cinema nacionais, gerando uma receita superior a meio milhão de euros, entrando directamente para o primeiro lugar do top de bilheteira. Além de Portugal, ‘Gru – O Maldisposto 3’ estreou em mais 45 países, atingindo o valor astronómico de 116,9 milhões de dólares de receita de Box Office, o que para um 3º filme de um franchise é assinalável.

Manuel Marques, Rita Blanco, Inês Castel-Branco e Rui Unas são algumas das vozes portuguesas que dão vida às personagens do filme de animação ‘Gru - O Maldisposto 3’ que estreou na última quinta-feira. O regresso de Gru e dos adorados Mínimos é marcado pela descoberta da existência de Dru, o irmão gémeo do ex-vilão e muitas outras aventuras, nomeadamente de Balthazar Bratt e o seu estilo divertidamente retro.

‘Gru – O Maldisposto 3’ foi realizado por Pierre Coffin e Kyle Balda, co-realizado por Eric Guillon e com argumento de Cinco Paul & Ken Daurio. A animação produzida por Chris Meledandri e Janet Healy, dos estúdios da Illumination, conta com Chris Renaud como produtor executivo.

03/07/2017

Quando alguém é ninguém

Crítica: The Unnamed

2016


Poster de "The Unnamed"

Os desafios associados a emigrações e imigrações em todo o mundo são diversos, no entanto as realidades mudam de país para país, consoante as suas leis, os seus processos burocráticos, a sua cultura, etc.

Estes e outros desafios estão presentes em "The Unnamed", um filme do Bangladesh que retrata uma realidade presente neste país e noutros seus vizinhos, onde muitas pessoas emigram em busca de uma vida melhor, no entanto este processo é tratado de forma muito 'mafiosa', existindo muitos esquemas de falsificação de identidades, entre outros crimes, fazendo com que a sua 'normalidade' se transforme num problema ainda mais grave.

Esta realidade é posta no argumento de forma curiosa, onde a busca da identidade de uma pessoa que morreu fora do país traz diversos problemas, quando o corpo é transportado para o seu local de origem, e a angústia dos familiares e conhecidos envolvidos nesta trama aumenta com o confronto com aquilo que é desconhecido.

Imagem do filme "The Unnamed"

Este filme 'sem nome' tenta ser um filme completo, tendo toques de comédia e drama, twists e diversos tipos de sequências narrativas, mas falha em parte na sua concepção a nível técnico, assim como a nível do elenco, que não é tão forte como o que seria pretendido, contudo é eficaz.

"The Unnamed" é um filme culturalmente diferente e que evoca uma realidade contrastante daquela a que possamos estar mais habituados. Não sendo um grande filme, é um filme eficaz na mensagem que quer transmitir, e que apesar de se focar numa situação específica é bastante universal.

Mau | Meh | Bom

02/07/2017

Muita bicharada à mistura

Crítica: A Vida Secreta dos Nossos Bichos

2016


Poster de "A Vida Secreta dos Nossos Bichos"

O que é que os animais de estimação fazem enquanto os donos vão trabalhar? Este é o mote para o filme "A Vida Secreta dos Nossos Bichos", uma animação divertida que pega em animais domésticos (e não só), para uma aventura citadina, mas que perde o seu foco quando tenta tornar-se num filme com uma dinâmica social mais séria e pesada, ficando uma mistura estranha no ar.

Aqui joga-se com os conceitos de animal de estimação e animal selvagem, gato vs cão, coelhos fofinhos, etc, e retira algum proveito cómico dos mesmos, mas não o suficiente para ser um filme mais memorável.

Imagem de "A Vida Secreta dos Nossos Bichos"

O que falha nesta "Vida Secreta" é a direcção que toma por volta de metade do filme, onde o tema da protecção dos animais entra na narrativa, não se enquadrando aqui na mensagem que quer transmitir.
Ganharia mais se se tratasse como um filme mais leve e cómico, e mantivesse essa linha ao longo de todo o filme.

Deixo aqui o destaque mais positivo deste filme, que recai na personagem de um coelho branco e 'terrivelmente fofo' (acima na imagem), onde a voz de Kevin Hart dá uma dinâmica cómica a este coelho, e é realmente a personagem mais forte e interessante ao longo do filme.

Mau | Meh | Bom

26/06/2017

Vencedores FEST 2017


LINCE DE OURO

Melhor Longa-metragem de Ficção

Filthy, de Tereza Nvotová (República Checa)
The Invisible Hand, de David Mácian



Menção Honrosa
Old Stone, de Johnny Ma

Melhor Longa-metragem de Documentário
The Road Movie, de Dmitrii Kalashnikov (Bielorrússia)

PRÉMIO DO PÚBLICO

Melhor Longa-Metragem
Sacred Water, de Olivier Jourdain (Bélgica)

Melhor Curta-Metragem
A Instalação do Medo, de Ricardo Leite (Portugal)

LINCE DE PRATA

Melhor Curta-Metragem de Ficção
Downside Up, de Peter Ghesquiere (Bélgica)

Menção Honrosa
A New Home, de Žiga Virc (Eslovénia)

Melhor Curta-metragem de Documentário
Homeland, de Sam Peeters (Belgica)

Menção Honrosa
Without Sun, de Paul de Ruijter (Holanda)

Melhor Curta-metragem Experimental
Apocalypse, de Justyna Mytnik (Polónia)

Menções Honrosas
As The Jet Engine Recalls, de Juan Palacios (Espanha)
Simba in New York, de Tobias Sauer (Alemanha)

Melhor Curta-metragem de Animação
Antarctica, de Jeroen Ceulebrouck (Bélgica)

Menções Honrosas
Locus, de Anita Kwiatkowska-Naqvi (Polónia)
Pussy, de Renata Gasiorowska (Polónia)

GRANDE PRÉMIO NACIONAL

Melhor Curta-metragem Portuguesa
Maria Sem Pecado, de Mário Macedo (Portugal)

Menções Honrosas
Um Refúgio Azul, de João Lourenço (Portugal)
78.4 Rádio Plutão, de Tiago Amorim (Portugal)

NEXXT
Bond, de Judit Wunder (Hungria)

FESTINHA

Prémio Sessão 1 . 3 aos 6 anos
Lilou, de Rawan Rahim (Líbano)

Prémio Sessão 2 . 3 aos 6 anos
Pas a Pas, de Charline Arnoux, Mylène Gapp, Florian Heilig, Mélissa Roux, Léa Rubinstayn (França)

Prémio Sessão 3 . 7 aos 12 anos
Way of Giants, de Alois di Leo (Brasil)

Prémio Sessão 4 . 12 aos 17 anos

Schlboski, de Tomás Andrade e Sousa (Portugal)

22/06/2017

Sabia que já há um filme com data de estreia marcada para o ano de 2025?

É verdade. E esse filme é o quinto da saga "Avatar", cujo primeiro filme estreou no ano de 2009, e o segundo filme irá estrear somente em 2020.

2020 também é o ano onde estão já agendadas estreias de outras sequelas e de um filme de animação da Disney. Mas qual é o motivo para que os grandes estúdios de cinema agendem com tanta antecedência a estreia de alguns dos seus filmes? Ora, numa indústria com tanta competição é necessário reservar com antecedência as melhores datas de estreia que se apresentam nos calendários, mesmo que daqui a muitos anos ainda, por forma a que os seus adversários não apresentem os seus filmes em datas concorrentes, e assim todos conseguem lucrar.

Estrear um filme blockbuster, cujo orçamento ronda as centenas de milhões de dólares, é algo que é planeado com muito rigor pelas suas equipas de produção, e apresenta um risco financeiro considerável aos estúdios, pois a pressão para este tipo de filmes ser lucrativo nas bilheteiras é elevada, e o momento da estreia é o acontecimento mais importante e que irá determinar o sucesso ou fracasso do filme, assim como a sua possibilidade em passar a um franchise lucrativo.

É então normal que os filmes que já têm uma data de estreia ainda longínqua sejam, na sua grande maioria, sequelas de filmes que já tiveram grande sucesso nas bilheteiras, e assim o risco de serem mal sucedidos é menor.

Vamos então ver abaixo uma lista actual dos 10 filmes, cujos títulos já se conhecem, que têm as suas datas de estreia marcadas no futuro mais longínquo da presente data:

2020

Indiana Jones 5
(10 Julho)


Fantastic Beasts and Where to Find Them 3
(20 Novembro)


Gigantic
(25 Novembro)


Avatar 2
(18 Dezembro)


Sing 2
(25 Dezembro)


2021

The Boss Baby 2
(26 Março)


Velocidade Furiosa 10
(2 Abril)


Avatar 3
(17 Dezembro)

2024

Avatar 4
(20 Dezembro)

2025

Avatar 5
(19 Dezembro)

20/06/2017

"Curtas em Flagrante" está a aceitar inscrições


Curtas em Flagrante é uma mostra de curtas-metragens itinerante de língua oficial portuguesa.
As mostras decorrerão, de forma intermitente, a partir de Julho de 2017.

São aceites curtas-metragens de qualquer género (ficção, experimental, documentário, vídeo-arte, etc.) desde que não excedam os 15 minutos de duração.

Mais informações em: http://curtasemflagrante.tumblr.com/