14/01/2017

Os jovens 'outsiders' americanos

Crítica: American Honey

2016


Poster de American Honey

Tendo estreado em Portugal no ano passado, e exibido no Lisbon & Estoril Film Festival, American Honey é daqueles filmes indie com uma mística do interior norte-americano que dá vontade de ver, e traz uma curiosidade ao de cima de filmes que realmente demonstram (mesmo que de forma fictícia), o verdadeiro "sonho americano", através de uma geração de jovens americanos que são outsiders dentro do seu próprio país.

Com uma narrativa simples e eficaz, o argumento de American Honey segue a história de uma rapariga texana que sai do seu péssimo ambiente de vida, em busca de algo que a faça feliz, algo de diferente, onde ela se possa encaixar e sentir-se bem. E ela encontra o que procura, mas como em tudo na vida, aquilo que ela descobre não é sempre assim tão bom, e existem outros obstáculos, outras dificuldades e guerras interiores, e paixões e ódios, e tudo aquilo que possa 'atormentar' a cabeça e o coração de uma jovem de 18 anos, que teve uma infância complicada, e que é ingénua consigo mesma, no entanto muito verdadeira.

Sasha Lane numa imagem de American Honey

O filme tenta levar o espectador numa viagem com muitas paragens e sequências pelo meio, contudo o seu conteúdo poderia ser mais reduzido (afinal o filme tem uma duração de quase 3 horas), sendo que poderia ter um maior impacto no público se fosse mais curto e conciso na sua mensagem, tornando-se também mais relevante.

Destaco pela positiva os grandes desempenhos dos dois actores principais, Sasha Lane, a protagonista, e Shia LaBeouf, onde ambos conseguem exprimir de forma muito eficaz todos os seus sentimentos mais acertados e contraditórios, muitas vezes apenas com um olhar.

No final ficamos com um sentimento misto em relação a American Honey: por um lado satisfeitos por uma história que é eficaz e interessante, mas por outro lado meio perdidos com a duração do filme e com as pequenas histórias que se sentem estarem a mais no filme.

Mau | Meh | Bom

10/01/2017

Cegonhas é um filme de animação mais para pais do que para filhos

Crítica: Cegonhas (Storks)

2016


Poster do filme Cegonhas

Do estúdio que trouxe ao cinema "O Filme Lego", por exemplo, chega através de 'Cegonhas' o seu último filme de animação, estreado em 2016, com uma pitada de comédia mais destinada a adultos do que propriamente a crianças ou jovens.

Confesso que estava renitente em ver esta animação, pois todo o marketing que rodeava este filme parecia demasiado infantil, contudo esse não é o caso, e estas Cegonhas revelaram-se algo maior do que a sua premissa previa. Não se pode no entanto comparar a um filme de animação para adultos, do tipo Salsicha Party, mas tem ainda uma boa dose de comédia virada para os mais velhos, que vão ficar admirados com essa vertente, que se encaixa bem em toda a temática e narrativa do filme.

Imagem/still do filme Cegonhas

O argumento de Cegonhas não é algo que marca o filme em si, tenta ser diferente mas não cai no exagero, e também não é pretensioso, daí ser algo positivo, fazendo com que o espectador continue ligado durante toda a duração do filme. Para além das partes mais clichés que este tipo de filmes americanos tem normalmente, em Cegonhas vemos algumas partes de comédia mais inteligente que fazem a diferença pela positiva, deixando uma boa impressão no final do filme.

Cegonhas é um filme de animação mais para os pais do que para os filhos, mas os mais pequenos também irão gostar. Um filme americano familiar, em todo o sentido das palavras.

Mau | Meh | Bom

09/01/2017

Globos de Ouro 2017


A cerimónia dos Globos de Ouro 2017 decorreu ontem, e abaixo podem ver a lista de todos os vencedores nas categorias de cinema, sendo que realizámos neste espaço as nossas apostas um dia antes da cerimónia, para vermos se as nossas previsões são acertadas, ou não.

Nas 14 categorias a concurso na secção de cinema, 7 foram de acordo com as nossas primeiras escolhas, incluindo as categorias de Melhor Filme Drama e Melhor Filme Comédia ou Musical, e 5 foram as nossas segundas escolhas, sendo que errámos por completo em 2 categorias, Melhor Actor Secundário e Melhor Canção Original. As nossas escolhas não foram nada mal!

O filme La La Land saiu galardoado com 7 Globos de Ouro, tendo vencido em todas as categorias a que estava nomeado, e torna-se assim no favorito da corrida aos Óscares deste ano:

Melhor Filme - Drama

Hacksaw Ridge
Hell or High Water
Lion
Manchester by the Sea - 2ª escolha
Moonlight - 1ª escolha - VENCEDOR

Melhor Filme - Comédia ou Musical

20th Century Women - 2ª escolha
Deadpool
Florence Foster Jenkins
La La Land - 1ª escolha - VENCEDOR
Sing Street

Melhor Filme de Animação

Kubo and the Two Strings - 1ª escolha
Ma Vie de Courgette
Moana
Sing
Zootopia - 2ª escolha - VENCEDOR

Melhor Filme Estrangeiro

Divines (França)
Elle (França) - 2ª escolha - VENCEDOR
The Salesman (Irão) - 1ª escolha
Neruda (Chile)
Toni Erdmann (Alemanha)

Melhor Realizador(a)

Mel Gibson, Hacksaw Ridge
Damien Chazelle, La La Land - 1ª escolha - VENCEDOR
Kenneth Lonergan, Manchester by the Sea
Barry Jenkins, Moonlight - 2ª escolha
Tom Ford, Nocturnal Animals

Melhor Actor - Drama

Casey Affleck, Manchester by the Sea - 2ª escolha - VENCEDOR
Joel Edgerton, Loving
Andrew Garfield, Hacksaw Ridge
Viggo Mortensen, Captain Fantastic
Denzel Washington, Fences - 1ª escolha

Melhor Actor - Comédia ou Musical

Colin Farrell, The Lobster - 2ª escolha
Ryan Gosling, La La Land - 1ª escolha - VENCEDOR
Hugh Grant, Florence Foster Jenkins
Jonah Hill, War Dogs
Ryan Reynolds, Deadpool

Melhor Actriz - Drama

Amy Adams, Nocturnal Animals
Jessica Chastain, Miss Sloane
Isabelle Huppert, Elle - 2ª escolha - VENCEDORA
Ruth Negga, Loving
Natalie Portman, Jackie - 1ª escolha

Melhor Actriz - Comédia ou Musical

Annette Bening, 20th Century Women - 2ª escolha
Lily Collins, Rules Don't Apply
Hailee Steinfeld, The Edge of Seventeen
Emma Stone, La La Land - 1ª escolha - VENCEDORA
Meryl Streep, Florence Foster Jenkins

Melhor Actor Secundário

Mahershala Ali, Moonlight - 2ª escolha
Jeff Bridges, Hell or High Water
Simon Helberg, Florence Foster Jenkins
Dev Patel, Lion - 1ª escolha
Aaron Taylor-Johnson, Nocturnal Animals - VENCEDOR

Melhor Actriz Secundária

Viola Davis, Fences - 1ª escolha - VENCEDORA
Naomie Harris, Moonlight
Nicole Kidman, Lion - 2ª escolha
Octavia Spencer, Hidden Figures
Michelle Williams, Manchester by the Sea

Melhor Argumento

Hell or High Water, Taylor Sheridan
La La Land, Damien Chazelle - 2ª escolha - VENCEDOR
Manchester by the Sea, Kenneth Lonergan
Moonlight, Barry Jenkins - 1ª escolha
Nocturnal Animals, Tom Ford

Melhor Banda-Sonora

Arrival, Jóhann Jóhannsson
Hidden Figures, Hans Zimmer
La La Land, Justin Hurwitz - 1ª escolha - VENCEDORA
Lion, Dustin O'Halloran e Volker Bertelmann - 2ª escolha
Moonlight, Nicholas Britell

Melhor Canção Original

"Gold", Gold - 2ª escolha
"City of Stars", La La Land - VENCEDORA
"How Far I'll Go", Moana
"Faith", Sing
"Can't Stop the Feeling", Trolls - 1ª escolha

07/01/2017

Previsões aos Globos de Ouro 2017


Os Nomeados aos Globos de Ouro foram anunciados no dia 12 de Dezembro de 2016, e amanhã, dia 8 de Janeiro, irá decorrer a cerimónia de entrega destes prestigiados prémios de cinema.

Por aqui, iremos fazer uma previsão dos Vencedores em todas as categorias de cinema para a cerimónia de amanhã, e depois realizaremos um resumo dos vencedores, e veremos se as nossas previsões foram acertadas ou não.

Aqui ficam as nossas escolhas:

Melhor Filme - Drama

Hacksaw Ridge
Hell or High Water
Lion
Manchester by the Sea - 2ª escolha
Moonlight - 1ª escolha

Melhor Filme - Comédia ou Musical

20th Century Women - 2ª escolha
Deadpool
Florence Foster Jenkins
La La Land - 1ª escolha
Sing Street

Melhor Filme de Animação

Kubo and the Two Strings - 1ª escolha
Ma Vie de Courgette
Moana
Sing
Zootopia - 2ª escolha

Melhor Filme Estrangeiro

Divines (França)
Elle (França) - 2ª escolha
The Salesman (Irão) - 1ª escolha
Neruda (Chile)
Toni Erdmann (Alemanha)

Melhor Realizador(a)

Mel Gibson, Hacksaw Ridge
Damien Chazelle, La La Land - 1ª escolha
Kenneth Lonergan, Manchester by the Sea
Barry Jenkins, Moonlight - 2ª escolha
Tom Ford, Nocturnal Animals

Melhor Actor - Drama

Casey Affleck, Manchester by the Sea - 2ª escolha
Joel Edgerton, Loving
Andrew Garfield, Hacksaw Ridge
Viggo Mortensen, Captain Fantastic
Denzel Washington, Fences - 1ª escolha

Melhor Actor - Comédia ou Musical

Colin Farrell, The Lobster - 2ª escolha
Ryan Gosling, La La Land - 1ª escolha
Hugh Grant, Florence Foster Jenkins
Jonah Hill, War Dogs
Ryan Reynolds, Deadpool

Melhor Actriz - Drama

Amy Adams, Nocturnal Animals
Jessica Chastain, Miss Sloane
Isabelle Huppert, Elle - 2ª escolha
Ruth Negga, Loving
Natalie Portman, Jackie - 1ª escolha

Melhor Actriz - Comédia ou Musical

Annette Bening, 20th Century Women - 2ª escolha
Lily Collins, Rules Don't Apply
Hailee Steinfeld, The Edge of Seventeen
Emma Stone, La La Land - 1ª escolha
Meryl Streep, Florence Foster Jenkins

Melhor Actor Secundário

Mahershala Ali, Moonlight - 2ª escolha
Jeff Bridges, Hell or High Water
Simon Helberg, Florence Foster Jenkins
Dev Patel, Lion - 1ª escolha
Aaron Taylor-Johnson, Nocturnal Animals

Melhor Actriz Secundária

Viola Davis, Fences - 1ª escolha
Naomie Harris, Moonlight
Nicole Kidman, Lion - 2ª escolha
Octavia Spencer, Hidden Figures
Michelle Williams, Manchester by the Sea

Melhor Argumento

Hell or High Water, Taylor Sheridan
La La Land, Damien Chazelle - 2ª escolha
Manchester by the Sea, Kenneth Lonergan
Moonlight, Barry Jenkins - 1ª escolha
Nocturnal Animals, Tom Ford

Melhor Banda-Sonora

Arrival, Jóhann Jóhannsson
Hidden Figures, Hans Zimmer
La La Land, Justin Hurwitz - 1ª escolha
Lion, Dustin O'Halloran e Volker Bertelmann - 2ª escolha
Moonlight, Nicholas Britell

Melhor Canção Original

"Gold", Gold - 2ª escolha
"City of Stars", La La Land
"How Far I'll Go", Moana
"Faith", Sing
"Can't Stop the Feeling", Trolls - 1ª escolha

06/01/2017

Poster português de Velocidade Furiosa 8

Poster de Velocidade Furiosa 8

Ainda no rescaldo de Velocidade Furiosa 7 de 2015, um dos filmes que mais rapidamente atingiu mundialmente a fasquia dos mil milhões de dólares no box-office, e o sexto maior lançamento a nível global, chega o novo capítulo de uma das mais famosas sagas de sempre: Velocidade Furiosa 8.

Agora que Dom e Letty estão em lua-de-mel, e Brian e Mia afastaram-se – e o resto do grupo foi exonerado – a equipa que corre o mundo encontrou algo semelhante a uma vida normal. Porém, quando uma misteriosa mulher (a atriz vencedora de um Óscar, Charlize Theron) seduz Dom para o mundo do crime, do qual parece não ser capaz de escapar, ele acaba por trair aqueles que lhe são mais próximos, pondo-os à prova.

Desde as margens de Cuba e as ruas de Nova Iorque, até às planícies geladas do ártico do Mar de Barents, esta força de elite vai atravessar o mundo para impedir que um anarquista lance o caos no cenário mundial e trazer de volta a casa o homem que os tornou numa família.

Em Velocidade Furiosa 8, junta-se a Vin Diesel um elenco de estrelas: Dwayne Johnson, Jason Statham, Michelle Rodriguez, Tyrese Gibson, Chris “Ludacris” Bridges, Nathalie Emmanuel, Elsa Pataky e Kurt Russell. Além de Charlize Theron, a saga inclui no elenco Scott Eastwood e Helen Mirren, vencedora de um Óscar. O filme é realizado por F. Gary Gray (Straight Outta Compton) e novamente produzido por Neal H. Moritz, Michael Fottrell e Vin Diesel.

Estreia em Portugal: 13 Abril 2017

05/01/2017

Silêncio estreia em Portugal acompanhado de um programa cultural


O filme Silêncio, de Martin Scorsese, é um dos mais aguardados filmes deste ano, e terá particular impacto em Portugal, uma vez que retrata um período importante da história nacional, pela mão de um dos mais consagrados realizadores de Hollywood. O filme, que estreia em Portugal a 19 de Janeiro, é baseado no romance homónimo de Shusaku Endo e conta a história de dois padres jesuítas do século XVII que foram para o Japão em busca do seu mentor, o jesuíta português Cristóvão Ferreira, e que são perseguidos e torturados durante a sua missão.

Com a chegada do filme Silêncio a Portugal, o Museu do Oriente, o Museu de São Roque e a FNAC serão palco de um programa cultural, desenvolvido em cooperação com a Companhia de Jesus que trará, para a opinião pública, o debate e a reflexão sobre o papel dos jesuítas em Portugal e no mundo, a perseguição religiosa, as relações entre Portugal e o Japão, a arte e a religião.

Seguem-se as principais iniciativas deste programa:

MUSEU DO ORIENTE

Conferência – Portugal e o Japão: história de um sucesso mal sucedido

11 janeiro, às 18h00, no Museu do Oriente.
Oradores: Padre José Frazão (Provincial dos Jesuítas em Portugal), João Paulo Costa (Historiador), Clara Ferreira Alves (Jornalista) e moderação de Joaquim Franco (Jornalista)
Entrada gratuita, mediante inscrição no website do Museu do Oriente.

Visitas guiadas – Exposição sobre a presença portuguesa na Ásia

Sábados: 14, 21 e 28 de janeiro, às 16h00, no Museu do Oriente.
Peças selecionadas servirão de ponto de partida para explorar diferentes perspetivas da história do relacionamento entre Portugal e o Japão e o seu legado.
Entrada gratuita. Ver condições e mais informação no website do Museu do Oriente.

MUSEU DE SÃO ROQUE - LISBOA

Exposição “Japão: a última carta de um mártir”

De 19 de Janeiro a 19 de Fevereiro
Esta exposição fala do tema do martírio e tem como mote o testemunho de Miguel Carvalho, o jesuíta português que já foi beatificado e que é contemporâneo dos portugueses retratados no filme de Scorsese. Na véspera de ser martirizado a 25 de agosto de 1624, Miguel Carvalho, despede-se do seu irmão Simão de Carvalho, através de uma carta. Este documento foi conservado através de gerações e será pela primeira vez apresentado ao público pelo Museu de São Roque.
Entrada: 2,5 € (gratuita ao domingo). Mais informações no website do Museu de São Roque.

Percurso pedestre - Silêncio: pelos caminhos de Cristóvão Ferreira, em Lisboa

22 janeiro, às 10h00 – ponto de encontro Portaria do Hospital de São José (antigo Colégio de Santo Antão-o-Novo).
O itinerário pelos lugares da Companhia de Jesus em Lisboa leva-nos a conhecer a importância que esta congregação religiosa, fundada em 1540 por Inácio de Loiola, teve na sociedade e cultura portuguesa. Do antigo noviciado da Cotovia, passando pela Casa Professa de São Roque, à aula da esfera em Santo Antão-o-Novo, terminando na Ribeira de Lisboa, este percurso permite ir ao encontro de memórias e lugares passados que ainda hoje moldam o presente. Foram também estes alguns dos passos de Cristóvão Ferreira (personagem do filme) em Lisboa. Iniciativa promovida pelo Museu São Roque e apoiada pela revista Time Out Lisboa. Mais informações no website do Museu de São Roque.

Visita temática guiada ao Museu e Igreja de São Roque sobre os mártires do Japão

6 de fevereiro, às 15h00
No dia em que se recorda alguns dos mártires do Japão, o Museu de São Roque organiza uma visita às peças da sua coleção que testemunham a presença cristã no Japão e a experiência do martírio. Mais informações no website do Museu de São Roque.

FNAC – CHIADO (LISBOA) E SANTA CATARINA (PORTO)

Um Urban Sketcher jesuíta português e uma Urban Sketcher japonesa juntaram-se para ilustrar, nos seus blocos de papel, o trailer do filme Silêncio. O resultado deste trabalho conjunto do Padre Nuno Branco, SJ com a artista japonesa Kumi Matsukawa será exposto nas FNAC Chiado e Santa Catarina.

FNAC Chiado – inauguração a 17 de janeiro
FNAC Santa Catarina – inauguração a 25 de janeiro
Entrada gratuita.

TERTÚLIA - Fé: Silêncios e Limites

27 de janeiro, 18h00, Auditório B - Reitoria da Universidade Nova de Lisboa (polo de Campolide)
Encontro de reflexão e debate sobre os limites existenciais e espirituais da fé.
Aberto a todos, mas especialmente dirigido aos mais jovens. Com Carla Rocha; Henrique Raposo; Jacinto Lucas Pires; P. Pedro Rocha Mendes, SJ.

04/01/2017

Confiar ou Desconfiar, eis a questão.

Crítica: Aliados (Allied)

2016


Poster do filme Aliados

O realizador Robert Zemeckis traz aos cinemas uma história com base no amor e na (des)confiança. Aliados mostra-nos o lado complicado das relações em tempos de guerra, entre pessoas que estão por dentro do sistema e dos esquemas que os dois lados do campo de batalha possuem.

Mas, para além disso, Aliados não nos traz nada de especial ou de novo/diferente de outras inúmeras histórias que já chegaram aos cinemas sobre este tipo de relações tão únicas no tempo. Brad Pitt e Marion Cotillard emprestam o seu talento a um filme médio, que também não consegue aproveitar todo o potencial que estes actores poderiam ter dado ao filme, sendo que havia espaço na história e na dinâmica do filme para tal ter acontecido.

Marion Cotillard e Brad Pitt numa imagem de Aliados

Aliados consegue manter um bom ritmo na dinâmica do filme, sendo que este ritmo adensa-se mais na sua segunda metade, no entanto o final é em parte esperado e não totalmente aproveitado a nível de estrutura e de clímax.

Entre os diversos filmes cuja história se passa durante a 2ª Guerra Mundial, este Aliados não consegue deixar a sua marca, havendo melhores opções e histórias mais interessantes, não sendo, no entanto, um completo fracasso a esse nível, mas pretende ser mais do que aquilo que realmente é: mais um romance do que propriamente um drama com contornos épicos.

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