Crítica: Chama-me Pelo Teu Nome
2017
Com um total de quatro nomeações aos Óscares, incluindo uma nomeação para Melhor Filme, este "Chama-me Pelo Teu Nome" é um filme muito italiano onde se retrata uma história romântica entre um homem e um rapaz adolescente, que sentem uma ligação forte e especial, mas que acaba por ser devorada pela situação social que os rodeia e pelas suas diferenças a nível das perspectivas que cada um tem para o seu futuro.
Apesar de ser uma história bem escrita e bem realizada, é um filme que cumpre em todos os níveis, mas que não passa disso mesmo: um filme que cumpre apenas. Ficamos com a sensação de que falta aqui um impacto maior e que não nos conseguimos interessar tanto quanto era suposto por estas personagens e pelos dramas de vida que a elas pertencem.
Seguindo, por exemplo, uma linha narrativa com diversos pontos em comum com um filme como "O Segredo de Brokeback Mountain", não consegue criar uma empatia forte, faltando aqui um elo de ligação com o público, ao contrário de 'Brokeback Mountain'.
Imagem de "Chama-me Pelo Teu Nome" |
Destaca-se aqui como o ponto mais forte ao longo do filme todo o elenco que o compõe, e também se destaca uma cena em particular, onde o discurso que um pai tem com o seu filho adolescente é de uma força arrasadora, e muito bem escrito, onde cada palavra tem um impacto profundo. A nível técnico destaco também a fotografia e a banda-sonora.
Se todo o filme tivesse a força dessa cena em particular, então estaríamos perante um dos melhores filmes dos últimos anos certamente, mas infelizmente não é esse o caso. Acabamos por ter uma obra bem estruturada mas com pouca garra e que poderia ter ido bem mais longe.
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