04/11/2017

Acho que já vi esta marca em algum filme...

A colocação de produto (product placement) é uma forma de marketing indirecto, onde os produtos de uma marca são colocados como conteúdo de um filme, série de TV, videoclipe, jogos, revistas, eventos, redes sociais, etc.

O sucesso deste tipo de marketing passa muito pela forma como a inserção destes produtos é feita, pois quanto mais subtil e natural essa colocação for, maior será o sucesso da campanha em si.
As marcas pagam, e bem, por este tipo de marketing, pois não é tão agressivo para o público em geral e, caso tenha bastante sucesso na forma como é criada a colocação da marca, os resultados conseguem ser bastante positivos, e no caso de filmes até muito mais rentáveis do que por exemplo os comuns anúncios de televisão. Porquê? No caso dos filmes está praticamente assegurada a visualização da marca ou do produto em si, uma vez que este faz parte integrante da narrativa do filme, enquanto que num anúncio de televisão não se consegue garantir realmente a visualização e atenção do espectador, que pode mudar de canal, estar atento a outra tarefa, etc.

Carro BMW presente num filme da saga 007

Hoje em dia, no mundo da 7ª arte, a colocação de produto já é um negócio que apresenta receitas de milhões aos estúdios cinematográficos, sendo desde já há algum tempo um negócio de grandes dimensões, com equipas especializadas que trabalham somente nesta área, por forma a potenciar o maior número de receitas, e da melhor forma possível, tanto para a marca como para a narrativa do filme em si.

Veja-se o exemplo do filme "Homem de Aço" (2013), que adaptou uma nova versão do herói 'Super-Homem' para o cinema, onde conseguiu receitas astronómicas que rondaram os 160 milhões de dólares, através de mais de 100 parcerias com marcas que apostaram na colocação de produto neste filme. Ou seja, o filme teve um orçamento final que rondou os 225 milhões de dólares, e mais de metade deste valor foi logo liquidado apenas através de product placement. "Homem de Aço" acabou por ter receitas de bilheteira que rondaram os 668 milhões de dólares, mundialmente.

Marca 'Sears' presente numa imagem de "Homem de Aço"

O mercado da colocação de produtos no cinema já tem realmente uma dimensão tal que muitos dos filmes que são produzidos e lançados a uma escala global, apenas o conseguem fazer graças a esta 'sub-indústria'. E, de facto, este product placement garante bons resultados na sua grande maioria, e quando assim o é, consegue trazer receitas enormes para as marcas envolvidas.
Também não nos esqueçamos que um filme não acaba a sua exposição mal sai das salas de cinema, pois ainda existe a seguir os mercados de aluguer de filmes, streaming, venda de DVD's/Blu-Ray's, estreia em televisão, pirataria, etc, e estima-se que a média do número de pessoas que vê um filme de grande sucesso, mundialmente, pelo menos uma vez através de qualquer uma destas formas, seja de 120 milhões.

E se pensa que o mercado do cinema é onde as marcas investem mais neste tipo de marketing, está enganado. Aliás, o cinema nem representa uma grande fatia dentro deste mercado, sendo que a televisão consegue atrair cerca de 70% de todas as receitas ligadas à colocação de produto, seja através de séries, novelas, talk shows, etc. Outros grandes mercados são os video-jogos e os clipes de música, sendo que nestes últimos as plataformas como YouTube contribuem imenso para a distribuição dos mesmos, sendo que hoje em dia existe já um número considerável de videoclipes com biliões de visualizações no YouTube, e este número tende a aumentar, e as marcas aproveitam-se desta forma de divulgação também.

Marcas como Coca-Cola e Chanel num videoclipe de Lady Gaga

E em Portugal?

Bom, no caso do mercado do cinema português estamos perante um caso diferente, pois a dimensão do cinema em Portugal não se pode comparar ao mercado norte-americano. No entanto já começam a existir nos últimos anos algumas investidas neste mercado, e um aumento do interesse das produtoras nacionais em explorarem a colocação de produto.

Por exemplo, no caso do remake do clássico "Pátio das Cantigas", existiram duas parcerias para colocação de produto, uma com os CTT e outra com a Sagres, sendo que a existência de um carteiro na trama não é nenhuma aparente coincidência, nem o facto de os protagonistas beberem cerveja Sagres em vários momentos do filme.

Marca 'Sagres' presente numa imagem de "Pátio das Cantigas"

Curiosidades:

- O filme 'Asas', produzido em 1927, que foi o primeiro filme a ganhar o Óscar na categoria de Melhor Filme, tinha já uma colocação de produto da marca de chocolates Hershey's.

- O tempo médio de visualização de um produto/marca num filme é de 6.2 segundos.

- Em 2009, as receitas brutas provenientes de colocação de produtos, apenas nos E.U.A, ultrapassaram o valor de 7 biliões de dólares.

- Actualmente, a marca que mais investe em colocação de produto no cinema é a Apple.


Fontes:
https://brandongaille.com/46-product-placement-in-movies-statistics/
https://blog.hubspot.com/agency/product-placement
https://priceonomics.com/the-economics-of-product-placements/
https://sol.sapo.pt/artigo/409338/o-patio-dos-cifroes
https://www.thebalance.com/the-delicate-art-of-product-placement-advertising-38454

18/10/2017

Um boneco pouco interessante

Crítica: O Boneco de Neve

2017


Poster de "O Boneco de Neve"

Nos filmes do género policial/thriller é normal, e razoável, colocar o público a pensar nas respostas para a trama que é apresentada, e dessa forma captar a sua atenção e o seu interesse, sendo que se conseguir espantar o espectador mais perto do final do filme e da resolução de toda a história envolvente, então é um filme bem conseguido.

Esse não é o caso deste "Boneco de Neve". A culpa nem é do boneco propriamente falando (sim, existe um boneco de neve meio aterrador ao longo do filme), pois esse até cumpre bem o seu papel. A história à volta dele é que não é das melhores.

Quando a meio de um filme policial já se suspeita sobre quem é o assassino, e depois essa suspeita vem a confirmar-se, então não ficamos deslumbrados com o mesmo.

Imagem de "O Boneco de Neve"

Este "Boneco de Neve" tenta ser maior do que realmente é, e não consegue deslumbrar pela sua narrativa, nem também pela componente técnica ou mesmo do elenco (este último que penso ter sido mal aproveitado). Trata-se de uma 'imitação' fraca do ambiente e estilo vividos nos filmes da saga Millennium por exemplo, e a sua narrativa é mais específica e não tão abrangente socialmente.

Em todo o caso estamos perante um filme decente dentro do seu género, mas que não acrescenta nada de novo como filme e, sem ter lido o livro em que se baseia, acredito que a história em livro deverá ser muito mais rica. Ficamos aqui com um típico filme de 'domingo à tarde'.

Mau | Meh | Bom

16/10/2017

NOS Cinemas abre 11 novas salas até ao final deste ano


2017 é um ano inédito para a NOS Cinemas, com a abertura de 11 novas salas: uma sala IMAX no CascaiShopping e dois novos complexos de cinema 100% laser no MAR Shopping Algarve (Loulé) e no Fórum Évora. No final do ano, a NOS passará a gerir 32 complexos de cinema e 226 salas. Com a expansão da sua rede de cinemas, a NOS cria ainda 40 novos postos de trabalho diretos.

Primeiro complexo 100% laser da Península Ibérica

A NOS inaugura o seu terceiro complexo de cinema no Algarve a 26 de Outubro, reforçando a sua presença na região, depois de Tavira e Faro. Trata-se do primeiro complexo 100% laser da Península Ibérica, ou seja, todas as salas são equipadas com projetores laser. O complexo disponibiliza ainda um dos maiores ecrãs do Algarve, com 240m2, e projeção 4K, o state of the art em termos de definição de imagem. Este sistema, aliado à tecnologia de som Dolby Atmos, mais imersivo e realista, traduz-se numa experiência de cinema surpreendente.
O complexo, com cinco salas, proporciona 1100 novos lugares de cinema à região, aproximando-a do circuito cultural nacional e internacional, criando ainda 20 novos postos de trabalho diretos.

Nova sala IMAX em Portugal

Em Novembro a NOS inaugura a sua terceira sala de cinema IMAX® DMR - Digital 3D, localizada no CascaiShopping. De referir que primeira sala IMAX do País foi inaugurada pela NOS Cinemas em 2013, no Centro Comercial Colombo, em Lisboa, e a segunda, em 2015, no MAR Shopping, em Matosinhos.

O sistema IMAX® DMR foi desenvolvido pela empresa canadiana IMAX Corporation e permite visualizar filmes em ecrãs muito maiores do que os sistemas digitais standard, proporcionando uma experiência verdadeiramente única de imersão. 350m² é a dimensão média de um ecrã IMAX em Portugal, seis vezes mais que um ecrã convencional (equivalente a 22 mil ecrãs de telemóvel ou à área de um apartamento T3).

Com o posicionamento “IMAX® is believing” a experiência proporcionada é tão real que coloca o espectador no centro da ação. Trata-se de um formato de cinema que combina tecnologia, arquitetura e sistemas patenteados, frequentemente utilizado em blockbusters internacionais.

Atualmente existem 1000 salas IMAX em 66 países, e mais de 450 milhões de pessoas já tiveram uma experiência IMAX.

Cinema regressa a Évora 7 anos depois

A partir de Novembro o cinema volta à cidade de Évora, após 7 anos sem exibição. A NOS vai inaugurar cinco novas salas no novo centro comercial Fórum Évora, propriedade da Ares Capital.

A abertura das salas NOS Cinemas Évora Shopping vai permitir que os eborenses voltem a ter acesso à exibição regular de filmes, acompanhando o circuito de estreias mundial.

Com um total de 600 lugares, as novas salas, todas digitais, estão ainda equipadas com as mais recentes tecnologias de exibição cinematográfica, nomeadamente o Digital 3D, projeção laser e som Dolby Atmos, proporcionando à população uma experiência de cinema única e imersiva. Com esta abertura a NOS Cinemas reforça a sua posição como empresa que procura estar cada vez mais próxima de todos os portugueses, facilitando o acesso à cultura e ao entretenimento. A abertura deste espaço vai criar 20 novos postos de trabalho diretos.

“A NOS Cinemas está a reforçar o seu posicionamento como operador de entretenimento em Portugal e ambiciona estar cada vez mais próxima das populações, levando o que de melhor se faz na 7.ª arte, tanto em Portugal como a nível internacional, a todo o País” refere Pedro Mota Carmo, CEO da NOS Cinemas.

A NOS é líder no mercado de exibição cinematográfica e tem tido um papel de promotor, em vários momentos, do desenvolvimento da indústria. Foi o principal agente da revolução digital no Cinema em Portugal, com 100% das salas digitalizadas, num processo precursor na Europa, tendo sido pioneira na introdução do cinema 3D, IMAX 3D, 4DX e ecrã laser no País. Este constante foco na inovação tem sido um forte estímulo à evolução e desenvolvimento do mercado e dos seus stakeholders. É objetivo da NOS Cinemas contribuir para um progresso sustentável das indústrias culturais no País, acompanhando as melhores tendências e práticas internacionais. As salas de cinema NOS têm sido palco de exibição dos maiores êxitos de cinema, mas também de conteúdos alternativos como concertos e outras iniciativas que, por vezes, permitem cruzar várias janelas de intervenção da NOS.

25/09/2017

Cinema no feminino de volta a Lisboa


Está a chegar a Lisboa a maior edição de sempre do Festival Olhares do Mediterrâneo – Cinema no Feminino. Durante 4 dias, serão exibidos 52 filmes, oriundos de 17 países, a par de uma programação paralela diversificada composta por debates, workshops, exposições e um concerto.

De 28 de Setembro a 1 de Outubro, no Cinema São Jorge, o Festival Olhares do Mediterrâneo – Cinema no Feminino apresenta 12 longas-metragens e 40 curtas-metragens de géneros tão diversos como ficção, documentário, animação e experimental. Neste contexto, algumas das realizadoras marcam presença no evento para participar em debates informais no âmbito da exibição dos respectivos filmes.

The Nurse, obra de ficção assinada por Dilek Çolak, é o filme oficial de abertura do Festival, no dia 28 de Setembro, pelas 21h30, com entrada livre. De uma forma poética e profunda, The Nurse chama a atenção para os direitos humanos e a violência doméstica numa Turquia moderna e em transformação. A acção decorre em 2001, numa pequena cidade perto de Istambul, focando-se na relação de uma enfermeira com um preso político em greve de fome.

Pela segunda vez consecutiva, o Festival volta a apostar no ciclo especial TRAVESSIAS, dedicado ao tema dos refugiados e migrações. Este ano, a programação inclui 10 filmes, debates e 2 exposições de entrada livre. A mostra Pássaro que Voa, composta por uma selecção de histórias contadas por imigrantes e ilustradas por uma menina de 11 anos, é inaugurada no dia 28, pelas 20h, com uma performance dos alunos de teatro de Claudio Hochman, onde cada um vestirá uma personagem dos relatos. Evideor, exposição fotográfica que retrata um campo de refugiados na Grécia, tem inauguração marcada para dia 29, pelas 18h.

Esta 4ª edição de Festival chega, ainda, com novidades. O Festival  abre as portas a filmes de escola, na secção COMEÇAR A OLHAR, composta por duas sessões de 7 e 8 curtas-metragens, com o objectivo de divulgar o olhar da nova vaga do cinema feminino do Mediterrâneo.

Destaque, ainda, para as actividades paralelas a ocorrer, maioritariamente, no Foyer do cinema São Jorge. Para além das duas exposições da secção Travessias, no dia 30, existirá um workshop de Língua dedicado aos ditados populares espanhóis, um debate e uma banca do projecto Salva a Lã Portuguesa. No último dia de festival, realiza-se o atelier de cinema para famílias Olhares em Pequenino, uma cerimónia de chá marroquina e um mercado de  livros, artesanato e sabores. Ao final do dia, tem lugar o concerto das B’rbicacho. A maioria das actividades tem entrada livre.

No encerramento do Festival, que termina com o filme Willy 1er, de entrada livre, serão atribuídos os prémios para os melhores filmes em competição. A melhor longa-metragem será escolhida por Nuno Sena, Director do IndieLisboa e programador, Sofia Marques, actriz e realizadora, e Manuel Mozos, realizador. Já a melhor curta-metragem terá como júri Sandra Almeida, Directora do Shortcutz Lisboa, Márcia Costa, montadora e produtora, e Tiago Hespanha, produtor e realizador. Elizabeth Challinor, antropóloga, Francisco Freire, antropólogo e investigador do Magrebe, e Sofia Lorena, jornalista, atribuirão o prémio na secção Travessias. Por fim, os filmes de escola da secção Começar a Olhar vão ser avaliados por Margarida Cardoso, realizadora, Margarida Carvalho, professora e curadora de arte contemporânea, e Mário Caeiro, professor e investigador. O público irá também votar para o melhor filme.

Na sua 4ª edição, o Festival Olhares do Mediterrâneo - Cinema no Feminino tem o apoio da Câmara Municipal de Lisboa (através dos pelouros da Cultura e dos Direitos Sociais), da EGEAC, do El Corte Inglés, do Alto Comissariado para as Migrações, da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género da Fundação INATEL e das Embaixadas de Espanha, Israel e Tunísia.

12/09/2017

Afinal o Diabo é um palhaço

Crítica: It

2017


Poster do filme "It"

Com uma adaptação de um romance do conceituado Stephen King, esta 'coisa' (It) era certamente um dos filmes de terror mais esperados deste ano de 2017. Valeu muito a pena a espera? Sim, mas não assim tanto.

É certamente um filme bem construído e trabalhado, onde se vê a dedicação e o cuidado da realização aos detalhes, e os momentos mais impressionantes ao longo do filme conseguem ser aterradores, contudo a narrativa por vezes perde-se em histórias paralelas que são pouco interessantes, e que são depois 'esquecidas' ao longo do filme, não funcionando aqui. Talvez esta seja uma estratégia narrativa, pois no final do filme aparece a indicação de "It: Capítulo Um", mas se assim o for existem mesmo certos momentos narrativos que não funcionam só com este filme.

Imagem do filme "It"

O maior destaque positivo deste "It" é sem dúvida toda a caracterização e o trabalho do actor Bill Skarsgard, ao dar vida a um dos mais aterrorizantes palhaços que eu já vi no grande ecrã, e julgo que o filme precisava de ter dado mais tempo de cena a esta personagem.

Ao contrário de outros filmes de terror, aqui temos uma maior presença de momentos cómicos, que poderiam ter sido menores, pois retira algum do suspense e medo que o público possa sentir, em alguns momentos-chave da trama.

No geral "It" é um filme competente, sendo que dentro do seu género é um filme superior à maioria dos que estreiam recentemente.

Mau | Meh | Bom

11/09/2017

Vencedores do MOTELX 2017


A 11.ª edição do MOTELX – Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa chegou ao fim este Domingo depois de nos últimos seis dias ter acolhido milhares de pessoas no Cinema São Jorge, no Teatro Tivoli BBVA, no Museu Coleção Berardo e na Cinemateca Júnior.

Thursday Night” de Gonçalo Almeida é o grande vencedor do Prémio MOTELX – Melhor Curta de Terror Portuguesa/Méliès d’Argent 2017. O júri composto pela actriz Maria João Bastos, o músico Carlão e o realizador Can Evrenol decidiu atribuir o prémio a esta curta-metragem “pela história, pela direcção, pela fotografia e pelos actores”, acrescentando que se trata de “um filme que nos marcou muito, que consideramos único e que certamente ficará na nossa memória”. Uma história de fantasmas só com animais, “Thursday Night” foi inspirado pelo álbum “Thursday Afternoon” de Brian Eno. O júri decidiu ainda atribuir uma Menção Especial a “Depois do Silêncio” de Guilherme Daniel, cujo trabalho de “argumento e fotografia” considerou “muito promissor”.

O Prémio MOTELX - Melhor Curta de Terror Portuguesa/Méliès d’Argent é o maior prémio para curtas-metragens em Portugal: são 5000€ a que se juntam mais 5000€ em serviços pós-produção Kino Sound Studio e um fim-de-semana de inspiração nos hotéis Belver. Desde a sua criação em 2009 já foram exibidos no Festival mais de 100 filmes de terror portugueses em antestreia mundial, cumprindo um dos principais objectivos do MOTELX: o incentivo à produção nacional de cinema de terror. “Thursday Night” fica ainda automaticamente seleccionada para o Prémio Méliès d’Or, que será atribuído pela Federação Europeia de Festivais de Cinema Fantástico em Novembro, na cidade de Trieste.

Na competição internacional, “Cold Hell” de Stefan Ruzowitzky venceu o Prémio MOTELX – Melhor Longa de Terror Europeia /Méliès d’Argent 2017. Uma decisão que o júri composto pelo crítico Kim Newman e os actores Rogério Samora e Iris Cayatte considerou “clara” devido à sua “relevância contemporânea, acção emocionante e imaginativa e excelentes performances de todo o elenco”. “Cold Hell” é um thriller político passado numa Alemanha multicultural que conta a história de uma jovem taxista de origem turca perseguida por um assassino em série. “Filme excepcional que combina elementos do serial killer thriller com o terror”, esta é a mais recente longa-metragem de Ruzowitzky, que em 2008 venceu o Óscar para Melhor Filme Estrangeiro com “The Counterfeiters”. O realizador e a actriz Violetta Schurawlow estiveram presentes na Sessão de Encerramento do MOTELX para receber o Prémio.

A competição de longas-metragens europeias foi inaugurada em 2016 e teve este ano oito filmes a concurso. “Cold Hell” sucede ao checo “The Noonday Witch” de Jiří Sádek e fica nomeado para o Prémio Méliès d’Or, à semelhança da curta “Thursday Night”.

10/09/2017

Estão abertas as inscrições para a 9ª edição do FESTin


Estão abertas as inscrições para a 9ª edição do Festival de Cinema Itinerante em Língua Portuguesa (FESTin), certame realizado anualmente na cidade de Lisboa. As candidaturas de produções cinematográficas nos formatos de longas-metragens, documentários, curtas-metragens e filmes infantis serão aceites até ao dia 10 de Novembro deste ano.

O pré-requisito para a candidatura é que os filmes sejam falados em língua portuguesa. A programação é composta de produções oriundas de países que falam português, nomeadamente Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. O Festival tem quatro categorias competitivas e uma programação diversificada de mostras paralelas, que inclui a Maratona de Documentários, a Mostra de Cinema Brasileiro, a Mostra Festinha (dedicado à infância), a Mostra de Inclusão Social, o FESTin Arte e o FESTin+ (dedicado à 3ª idade).

Ao longo de sua história o FESTin já exibiu mais de 670 filmes, entre ficção e documentário nos formatos curtas, médias e longas-metragens. Há também actividades paralelas voltadas ao diálogo, a difusão e a formação no âmbito do audiovisual.

O Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa tem-se constituído como referência no sector, por ser o único evento em Portugal dedicado exclusivamente à cultura cinematográfica lusófona. O idioma está apenas relacionado com os aspectos da comunicação dos países, com as imagens sócio-culturais e o pensamento dos povos.

O Festival FESTin é um evento internacional dedicado do segmento do audiovisual, que procura fomentar a difusão, a interculturalidade, a inclusão social e o intercâmbio cultural, através da realização de um Festival de Cinema comprometido com a divulgação de diferentes culturas e práticas de respeito à diversidade presente na matriz da língua portuguesa.

A 9ª edição trará novidades, mas, para já, apenas podemos adiantar que o Festival passará a ser realizado mais cedo: em 2018, o FESTin será de 27 de Fevereiro a 6 de Março.

O FESTin  é organizado pela Asculp- Associação Cultural e Cidadania da Língua Portuguesa, com o apoio financeiro  da CML – Câmara Municipal de Lisboa e a Missão Brasileira junto a CPLP, em co-produção com  o Cinema São Jorge e em parceria estratégica com a EGEAC – Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural, EEM.

Para mais informações: festin-festival.com