Está a chegar a Lisboa a maior edição de sempre do Festival Olhares do Mediterrâneo – Cinema no Feminino. Durante 4 dias, serão exibidos 52 filmes, oriundos de 17 países, a par de uma programação paralela diversificada composta por debates, workshops, exposições e um concerto.
De 28 de Setembro a 1 de Outubro, no Cinema São Jorge, o Festival Olhares do Mediterrâneo – Cinema no Feminino apresenta 12 longas-metragens e 40 curtas-metragens de géneros tão diversos como ficção, documentário, animação e experimental. Neste contexto, algumas das realizadoras marcam presença no evento para participar em debates informais no âmbito da exibição dos respectivos filmes.
The Nurse, obra de ficção assinada por Dilek Çolak, é o filme oficial de abertura do Festival, no dia 28 de Setembro, pelas 21h30, com entrada livre. De uma forma poética e profunda, The Nurse chama a atenção para os direitos humanos e a violência doméstica numa Turquia moderna e em transformação. A acção decorre em 2001, numa pequena cidade perto de Istambul, focando-se na relação de uma enfermeira com um preso político em greve de fome.
Pela segunda vez consecutiva, o Festival volta a apostar no ciclo especial TRAVESSIAS, dedicado ao tema dos refugiados e migrações. Este ano, a programação inclui 10 filmes, debates e 2 exposições de entrada livre. A mostra Pássaro que Voa, composta por uma selecção de histórias contadas por imigrantes e ilustradas por uma menina de 11 anos, é inaugurada no dia 28, pelas 20h, com uma performance dos alunos de teatro de Claudio Hochman, onde cada um vestirá uma personagem dos relatos. Evideor, exposição fotográfica que retrata um campo de refugiados na Grécia, tem inauguração marcada para dia 29, pelas 18h.
Esta 4ª edição de Festival chega, ainda, com novidades. O Festival abre as portas a filmes de escola, na secção COMEÇAR A OLHAR, composta por duas sessões de 7 e 8 curtas-metragens, com o objectivo de divulgar o olhar da nova vaga do cinema feminino do Mediterrâneo.
Destaque, ainda, para as actividades paralelas a ocorrer, maioritariamente, no Foyer do cinema São Jorge. Para além das duas exposições da secção Travessias, no dia 30, existirá um workshop de Língua dedicado aos ditados populares espanhóis, um debate e uma banca do projecto Salva a Lã Portuguesa. No último dia de festival, realiza-se o atelier de cinema para famílias Olhares em Pequenino, uma cerimónia de chá marroquina e um mercado de livros, artesanato e sabores. Ao final do dia, tem lugar o concerto das B’rbicacho. A maioria das actividades tem entrada livre.
No encerramento do Festival, que termina com o filme Willy 1er, de entrada livre, serão atribuídos os prémios para os melhores filmes em competição. A melhor longa-metragem será escolhida por Nuno Sena, Director do IndieLisboa e programador, Sofia Marques, actriz e realizadora, e Manuel Mozos, realizador. Já a melhor curta-metragem terá como júri Sandra Almeida, Directora do Shortcutz Lisboa, Márcia Costa, montadora e produtora, e Tiago Hespanha, produtor e realizador. Elizabeth Challinor, antropóloga, Francisco Freire, antropólogo e investigador do Magrebe, e Sofia Lorena, jornalista, atribuirão o prémio na secção Travessias. Por fim, os filmes de escola da secção Começar a Olhar vão ser avaliados por Margarida Cardoso, realizadora, Margarida Carvalho, professora e curadora de arte contemporânea, e Mário Caeiro, professor e investigador. O público irá também votar para o melhor filme.
Na sua 4ª edição, o Festival Olhares do Mediterrâneo - Cinema no Feminino tem o apoio da Câmara Municipal de Lisboa (através dos pelouros da Cultura e dos Direitos Sociais), da EGEAC, do El Corte Inglés, do Alto Comissariado para as Migrações, da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género da Fundação INATEL e das Embaixadas de Espanha, Israel e Tunísia.